A polícia de Humberside disse que o homem de 59 anos foi detido "por suspeita de homicídio involuntário por negligência grave em conexão com a colisão".

O homem, que não foi identificado pela polícia, não foi acusado.

As autoridades do Reino Unido estavam a investigar os danos causados nas aves e na vida marinha depois de combustível de aviação de um tanque ter sido derramado no Mar do Norte, quando o navio porta-contentores Solong, registado em Portugal, atingiu o petroleiro de bandeira norte-americana MV Stena Immaculate, na segunda-feira.

Horas antes, o Governo britânico tinha afastado o cenário de atividade criminosa como causa da colisão dos navios.

Um porta-voz do primeiro-ministro Keir Starmer rejeitara a possibilidade de atividade criminosa, dizendo que não havia "nenhuma razão para acreditar" neste momento que o ataque fosse desta natureza.

Na manhã de segunda-feira, o "Solong", um navio de carga com bandeira portuguesa colidiu com um petroleiro, por razões desconhecidas, ao largo da costa do Reino Unido, nas águas do Mar do Norte.

Hoje, o secretário de Transporte Marítimo britânico, Mike Kane, informou que o tripulante que desapareceu após a colisão no Mar do Norte foi dado como morto.

De acordo com um membro da tripulação do petroleiro, o "Solong" terá "surgido do nada", provocando o acidente.

A empresa proprietária do "Solong" negou que os contentores transportassem cianeto de sódio, uma substância altamente tóxica em contacto com a água, o que poderia levar a um desastre natural de grandes proporções.

O secretário da Habitação britânico, Matthew Pennycook, disse à Times Radio que as autoridades dos EUA e de Portugal estavam a liderar a investigação, já que os dois navios hasteavam as bandeiras desses países.

Apesar das garantias da empresa titular do "Solong", a organização ambientalista Greenpeace disse estar "extremamente preocupada" com "os múltiplos riscos tóxicos que outros químicos transportados "podem representar para a vida marinha".

"O querosene que entrou na água perto de um local de reprodução de golfinhos-do-rio é tóxico para os peixes e outras criaturas marinhas", disse Paul Johnston, cientista dos laboratórios de investigação da Greenpeace na Universidade de Exeter.

RJP // APN

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