Na passada sexta-feira, a Juventude Popular (JP) esteve reunida com a Associação dos Jovens Empreendedores do Atlântico, com o intuito de auscultar as preocupações e principais desafios dos jovens empresários e empreendedores.

Durante a reunião foram identificados diversos problemas que afectam o empreendedorismo jovem, sendo para JP-Madeira importante destacar a dificuldade no acesso a financiamento, a burocracia excessiva e desajustada à realidade das startups e falta de conhecimento e acompanhamento essencial para iniciativas embrionárias.

Neste encontro, de acordo com os jovens centristas, foi ainda alvo de discussão as barreiras ao desenvolvimento económico na Região e como combatê-las. Nesse sentido, a juventude do CDS Madeira realça a insularidade, "responsável pelo encarecimento de preços e limitação da escala, a falta de diversificação de sectores de actividade económica, dificuldade na retenção de jovens qualificados e insuficiência infra-estrutural e regulatória para suportar o desenvolvimento da economia digital e tecnológica".

De forma a combater as barreiras mencionadas, a Juventude Popular salienta a "necessidade de baixar a carga fiscal de forma a estimular a criação de novos empreendimentos, reformular o quadro regulatório no sentido de agilizar a entrada e implementação de novas empresas em especial em áreas tecnológicas, e reforçar o apoio aos empreendedores e empresários através de uma expansão das competências e alcance da Startup Madeira de forma a garantir mentoria de mais empresas e microiniciativas".

Os jovens centristas junto da AJEA, assinalaram ainda um conjunto de incentivos cruciais para incentivar os jovens a tomar acção, seja numa via empresarial ou cívica. Assim, segundo a JP Madeira, "importa expandir o currículo da educação cívica nas escolas de modo a incluir finanças pessoais e bases de economia e política, reforçar as sinergias entre universidades, escolas, e empresas de forma a criar mais oportunidades de trabalho e ganhos de competências práticas essenciais, mas também promover programas de participação em associações juvenis e promover ideias com impactos sociais positivos e histórias de sucesso".

Por fim, foi realizado um balanço da contribuição do sistema político regional para com a juventude e empreendedorismo, através de iniciativas como o PAAJ e o eJovem, "que deram um passo no sentido certo". No entanto, "continuam aquém das necessidades e desafios dos jovens empreendedores na Região", sendo que neste ponto foi realçado a falta de transparência nos critérios e ausência de monitorização dos resultados e auscultação dos parceiros sociais.