As autoridades do Japão retiraram quase 50 residentes de um arquipélago no sudoeste do país, uma região que foi afetada por mais de 1.500 sismos no espaço de cerca de duas semanas.

Um total de 46 residentes das ilhas de Akuseki e Kodakara, no arquipélago de Tokara, apanharam um 'ferry' para Kagoshima no domingo, informaram as autoridades locais.

Na quinta-feira, o Japão já tinha ordenado a evacuação de Akuseki, devido à vaga de sismos, alguns atingindo magnitudes de cerca de 5 na escala de Richter.

No domingo, dois sismos de magnitude 4,9 e 5,5 atingiram a ilha de Akuseki pouco depois das 14:00 (05:00 em Lisboa), avançou a Agência Meteorológica do Japão.

A agência alertou que podem ocorrer sismos de magnitude 6 na área.

Apenas cerca de 20 pessoas permanecem em Akuseki e cerca de 40 em Kodakara, que decidiram não abandonar as suas casas porque, na maioria, têm animais.

Situação recente é invulgar

O número de sismos nestas ilhas ultrapassou os 1.500 desde 21 de junho e, embora não tenha havido danos ou feridos significativos, os residentes confessaram ter medo e dificuldades em dormir.

O arquipélago de Tokara, entre as ilhas Yakushima e Amami-Oshima, fica ao longo da Fossa de Ryukyu, onde a placa do mar das Filipinas mergulha sob a placa Euro-Asiática.

Embora a área seja conhecida pela atividade sísmica, alguns especialistas observaram que a situação recente é invulgar, uma vez que os sismos na região geralmente diminuem após picos de cerca de dez dias.

O Japão está situado no chamado Anel de Fogo, uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, e é atingido por sismos com relativa frequência, pelo que a sua infraestrutura está especialmente concebida para resistir a tremores.