As hepatites virais são doenças do fígado causadas por diferentes vírus, sendo as principais designadas pelas letras A, B, C, D e E. Cada uma apresenta modos de transmissão, sintomas, tratamentos e medidas preventivas específicos. A hepatite A é geralmente transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados, enquanto as hepatites B e C são frequentemente disseminadas através do contacto com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas ou de mãe para filho durante o parto. A hepatite D ocorre apenas em indivíduos já infetados com o vírus da hepatite B, e a hepatite E é semelhante à hepatite A, sendo mais comum em determinadas regiões do globo. ​

Os sintomas das hepatites podem variar desde formas assintomáticas até manifestações como fadiga, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), náuseas e dores abdominais. Se não forem devidamente tratadas, algumas formas de hepatite podem evoluir para condições mais graves, como cirrose ou cancro do fígado. ​

A prevenção é fundamental e inclui medidas como a vacinação (disponível para as hepatites A e B), práticas sexuais seguras, não partilhar agulhas ou objetos cortantes e cuidados com a higiene alimentar. É essencial também realizar testes regulares, especialmente para as hepatites B e C, que podem ser assintomáticas durante anos. ​

O Dia Mundial das Hepatites, assinalado a 28 de julho, foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde para aumentar a consciencialização sobre estas doenças e promover o acesso a serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento. A data homenageia o nascimento do Dr. Baruch Samuel Blumberg, vencedor do Prémio Nobel pela descoberta do vírus da hepatite B. ​

Em Portugal, têm sido feitos progressos significativos no combate às hepatites virais. Campanhas de sensibilização, programas de vacinação e acesso a tratamentos eficazes têm contribuído para a redução da prevalência destas infeções. Contudo, é crucial manter e reforçar estas iniciativas para alcançar a meta global de eliminar as hepatites virais como uma ameaça à saúde pública até 2030. ​

A participação ativa da sociedade é vital. Informar-se, adotar comportamentos preventivos e incentivar outros a fazê-lo são passos essenciais para controlar a disseminação das hepatites virais. O Dia Mundial das Hepatites serve como um lembrete para a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, visando a proteção da saúde individual e coletiva.

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