O Hamas apresentou este sábado uma contraproposta para um acordo de cessar-fogo em Gaza. O grupo palestiniano não aceitou os prazos de libertação de reféns propostos pelos EUA e sugere, agora, um prazo mais longo.

O Hamas quer que a libertação dos reféns tenha mais etapas, para que o processo não decorra apenas no primeiro e sétimo dias da primeira semana do cessar-fogo de 60 dias.

Assim, o grupo propõe libertar 10 reféns vivos - quatro no primeiro dia, dois ao fim de 30 dias e os restantes quatro ao fim de 60 dias de cessar-fogo - e entregar os corpos de 18 reféns mortos. Em troca, exige a libertação de prisioneiros palestinianos.

Além disso, estipula, numa linguagem vaga, a entrega imediata de ajuda humanitária.

Israel ainda não anunciou uma resposta oficial.

Antes, fontes do grupo palestiniano que falaram com o portal de notícias Al-Shar, tinham descrito a proposta do enviado especial norte-americano Steve Witkoff como "globalmente positiva".

EUA falam em proposta “completamente inaceitável”

Esta noite, Washington D.C. classificou a resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo como “completamente inaceitável”.

Na sexta-feira, o Presidente dos Estados Unidos tinha dito que Israel e o Hamas "estavam muito perto" de chegar a um acordo de cessar-fogo temporário em Gaza.

Em sentido contrário, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, advertiu que, se o grupo palestiniano não aceitasse os termos da proposta, seria "destruído".