
Já circulava a informação de que os franceses do BPCE lideravam a corrida à compra do Novo Banco. À SIC, fonte conhecedora do processo, admite que a proposta dos franceses é a mais vantajosa e deverá ganhar o negócio.
A oferta feita pelo grupo BPCE, Banque Populaire Caísse d´Épargne, deverá ser a escolhida pelo fundo de capitais privados norte-americano Lone Star, que detém 75% do Novo Banco. Os restantes 25% pertencem ao Fundo de Resolução e à Direção-Geral do Tesouro e Finanças.
O BPCE, segundo maior grupo bancário de França, não possui estruturas bancárias em Portugal, mas tem desde 2017 a funcionar no Porto a filial Natixis. Trata-se de um centro tecnológico que dá apoio às atividades bancárias do grupo, a nível internacional.
Avança o jornal online ECO, que a aquisição do Novo Banco, o quarto maior em Portugal, rondará os 7 mil milhões de euros. A venda estará a ser ultimada.
Seguir-se-á a formalização do negócio junto dos reguladores e dos restantes accionistas e anunciada ao mercado nos próximos dias.
Com a concretização do negócio, ao que tudo indica, entregue aos franceses, fica assim, excluída a segunda proposta, feita pelos espanhóis do CaixaBank, detentor do BPI.
Essa alternativa, a que o Governo português se opunha, permitiria ao grupo espanhol juntar dois dos maiores bancos nacionais. Um risco que faria aumentar de 30% para 50% a presença espanhola no sistema bancário português.
Ficará também abandonada a hipótese de o Novo Banco fazer uma oferta pública inicial, ou seja, a dispersão de uma parte do capital em bolsa.
Perante o negócio de venda do Novo Banco, sindicatos e comissão de trabalhadores da instituição já se mostraram apreensivos e preocupados.
Admitem que qualquer desfecho tem impacto a nível laboral.
Temem, acima de tudo, que o negócio leve a mais um corte no número de funcionários que são agora quase metade dos que o Novo Banco tinha há dez anos.