De acordo com dados do Ministério para a Transição Ecológica, cerca de 25 mil quilómetros quadrados do território espanhol são considerados zonas inundáveis.
Os terrenos identificados abrigam aproximadamente 2,7 milhões de pessoas, mas a maioria desses solos apresenta uma probabilidade de cheia a cada 500 anos. No entanto, há 700 mil espanhóis a residir em áreas de alto risco, onde uma inundação pode ocorrer a cada década, segundo o “El Periódico”.
A bacia do rio Ebro é a que apresenta a maior área inundável, com mais de 3.500 quilómetros quadrados. Em seguida, está a bacia do rio Júcar, com mais de 3.400 quilómetros de alto risco, e a bacia do Douro, que conta com mais de 3.200 quilómetros.
Apesar do risco significativo, algumas regiões da Espanha continuam a permitir a construção de habitações em zonas potencialmente inundáveis. Um exemplo é Maiorca, onde a administração regional aprovou, recentemente, um decreto que revoga a proibição de construir em áreas inundáveis. Isso permitirá, segundo o “El Periódico”, a construção de 570 unidades habitacionais em terrenos de risco.
Na comunidade de Murcia, que também enfrenta a ameaça de inundações, o governo local solicitou ao executivo liderado por Pedro Sánchez a eliminação do mapa de zonas inundáveis, argumentando que essa medida paralisa a atividade urbanística e prejudica a economia.
Até ao momento, o número confirmado de mortes na sequência das inundações em Espanha subiu para 211.
Há ainda dezenas de pessoas desaparecidas, conforme o mais recente balanço das autoridades espanholas.