
O deputado eleito pelo Chega Madeira à Assembleia da República, Francisco Gomes, apresentou esta semana um projecto de resolução que recomenda ao Governo da República "a concretização imediata da ligação marítima por via de ferry entre a Região Autónoma da Madeira e o continente", conforme previsto no Orçamento do Estado para 2025.
O diploma do Chega determina que o executivo assegure, "até ao fim do segundo semestre de 2025, a entrada em operação de uma linha regular de passageiros e carga rodada".
Em nota emitida, Francisco Gomes afirma que "a ausência de uma linha regular de passageiros e de carga rodada desde 2012 aprofunda o isolamento logístico da Madeira". A seu ver, tal situação demonstra que "o Estado falha reiteradamente as suas obrigações constitucionais de garantir continuidade e coesão territorial", constituindo, para o parlamentar, "um ataque directo à autonomia que os madeirenses conquistaram e merecem ver respeitada".
A ligação por ferry não é um luxo. É um direito constitucional. A cada ano sem esta linha regular, o Estado confirma que abandona a Madeira e nega aos madeirenses a integração plena no espaço nacional. Connosco, isso não passa! Francisco Gomes
Para o deputado madeirense, a concretização da ligação marítima permitiria "baixar custos de bens essenciais, dinamizar o turismo e oferecer previsibilidade às empresas regionais, reféns de um modelo de mobilidade caro e limitado".
O parlamentar entende que, com a ligação ferry, o valor do frete de uma palete de produtos frescos para o continente pode "reduzir significativamente", gerando um impacto directo no cabaz das famílias e na competitividade das exportações de banana, floricultura e vinhos madeirenses.
Negar à Madeira uma ligação marítima estável é ajudar a estrangular a nossa economia, punir as nossas famílias e perpetuar a dependência de outros serviços. Não podemos aceitar isso e não nos calaremos até o assunto estar resolvido. Francisco Gomes