Bordalo II e A Garota Não são os nomes destaques entre a dezena de artistas divulgados, num programa que conta também com Daniela Guerreiro, Robert Panda, Raquel Belli, Ricardo Azevedo, Luís Robalo, Inês Fouto, Pedro Guerra e Kwan.

Numa edição que terá como foco a comunidade, o festival promovido pelo município de Figueiró dos Vinhos junta à pintura mural obras de escultura, literatura, música, fotografia, vídeo e artes performativas.

Além dos novos murais que vão nascer e fazer crescer a coleção acumulada ao longo das edições anteriores, o Fazunchar promove oficinas, concertos, exposições e mercado de autor.

A abertura é no dia 16 de agosto, com exposição de Raquel Belli no Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos, onde a artista visual mostra a recuperação de parte do espólio fotográfico local, utilizado num original processo de "tecelagem" que pretende revisitar a memória e o território.

As paredes a intervencionar em Figueiró dos Vinhos vão ser entregues a Daniela Guerreiro, Bordalo II e ao vencedor da chamada à participação feita pelo festival, enquanto o escultor Robert Panda vai produzir uma obra para a freguesia de Aguda.

Uma das residências artísticas desta edição leva o músico Ricardo Azevedo a juntar esforços com alunos do Agrupamento de Escolas de Figueiró dos Vinhos para, em conjunto, escreverem uma música e letra original, que vão constar num videoclipe e num concerto agendado para 22 de agosto.

Ainda no campo da música, a noite de 23 de agosto está reservada em Figueiró dos Vinhos para o concerto de A Garota Não e a atuação do DJ Kwan.

Outro exercício criativo será desenvolvido pelo escritor Luís Robalo, que escreverá sobre as vivências próprias em Figueiró dos Vinhos. O resultado vai dar origem a um livro e a frases que vão constituir uma rota na freguesia de Arega e na vila de Figueiró dos Vinhos.

Em residência no Fazunchar estará ainda Inês Fouto, com uma missão: desenvolver uma visita encenada com a comunidade, a revelar na manhã do dia 23 de agosto.

Nesta edição será também estreado o documentário "Redesenhando mundos", que o videógrafo Pedro Guerra realizou a partir do Fazunchar de 2024.

As oficinas serão da responsabilidade de Robert Panda, numa proposta para público infantojuvenil, enquanto Raquel Belli trabalhará com participantes adultos.

Segundo a organização, o festival faz da arte urbana "ferramenta de transformação social", assumindo-se como "um espaço de encontro, aprendizagem e celebração da diversidade".

"Juntos vamos fazer a arte acontecer e fortalecer os laços que tornam a comunidade ainda mais viva e unida", lê-se no comunicado dedicado à edição deste ano, que tem como subtítulo "Onde a arte envolve a comunidade".

MLE // TDI

Lusa/fim