Mariana Mortágua assinalou que no último ano o BE "promoveu um conjunto de reuniões com outros partidos da esquerda" e "desse diálogo nasceram conversas que já existem neste momento, com o Livre, com o PAN, para projetos de convergência autárquica, para poder eleger em todo o país vereadores à esquerda, e para poder combater a direita".

Em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, após uma audiência com o Presidente da República na sequência das eleições legislativas de domingo, a líder bloquista indicou que "essas conversações estão neste momento em curso".

"Nós apostamos nelas precisamente para dar essa força de união e de convergência, da mesma forma como mantemos a nossa inteira disponibilidade para em Lisboa conversar para uma alternativa que possa congregar todos os partidos à esquerda do Partido Socialista, e o Partido Socialista, para derrotar Carlos Moedas", indicou.

Na quarta-feira, também após uma reunião no Palácio de Belém, o porta-voz do Livre pediu à esquerda uma "reflexão rápida" antes das eleições autárquicas.

Rui Tavares pediu à esquerda que "desperte", vá "ao encontro das populações" nas autárquicas e faça tudo o que estiver ao seu alcance "para que haja, na maior parte das câmaras possíveis nas quais a extrema-direita ficou em primeiro, listas progressistas nas quais os eleitores progressistas e democráticos saibam que podem votar".

A possibilidade de uma coligação pré-eleitoral entre PS, Livre, BE e PAN à Câmara Municipal de Lisboa tem sido falada há meses, ainda sem acordo fechado. A CDU terá candidato próprio, o comunista João Ferreira.

 

FM (ARL) // JPS

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