
Fontes médicas locais disseram à Wafa que 39 das vítimas morreram no sul do território, 21 na cidade de Gaza e em outros pontos do norte, e outras 19 no centro do enclave.
No sábado, pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas na Faixa de Gaza, em ataques israelitas perto de centros de distribuição de ajuda humanitária, disseram fontes médicas.
De acordo com fontes do Hospital Al-Shifa, citadas pela agência de notícias palestiniana Sanad, pelo menos 12 pessoas morreram e 50, todas civis, ficaram feridas num ataque aéreo israelita contra um grupo de pessoas perto de um centro de distribuição de ajuda humanitária a noroeste da cidade de Gaza.
Separadamente, oito civis morreram e 125 ficaram feridos num incidente semelhante em Nuseirat, perto do corredor Netzarim, no centro da Faixa de Gaza, indicou o Hospital Al-Awda.
Outra pessoa foi morta por fogo de artilharia israelita no leste de Khan Yunis, no sul do enclave palestiniano. Além disso, aeronaves israelitas destruíram a casa do jornalista Mohamed al-Amur em Al-Fajhari, a leste de Khan Yunis.
Três membros da mesma família foram mortos num ataque a um grupo de cidadãos perto da Universidade Islâmica, a sul de Khan Yunis. Houve também vítimas num ataque israelita ao campo de refugiados de Al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza.
Em Nablus, a oeste da cidade de Gaza, foram ainda registadas mortes e ferimentos em tiroteios israelitas contra uma fila de palestinianos que aguardavam ajuda humanitária.
Desde o início da distribuição de ajuda humanitária pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, têm-se registado ataques, atribuídos a Israel, perto dos centros de distribuição, para onde se dirigem milhares de palestinianos esfomeados, devido ao bloqueio à entrada de ajuda imposto por Israel no início de março.
Várias organizações internacionais, com destaque para a ONU, têm criticado a atuação da GHF, com as Nações Unidas a insistir estar pronta para retomar a distribuição de ajuda humanitária, como fez durante anos no enclave palestiniano, desde que Israel o permita e liberte a entrada de camiões de ajuda em quantidade suficiente para suprir as necessidades da população de 2,2 milhões de palestinianos.
A campanha de ataques israelita na Faixa de Gaza, em curso desde outubro de 2023, já fez quase 55.400 mortos e perto de 129 mil feridos, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, controlado pelo movimento islamista palestiniano Hamas, mas considerados fiáveis pela ONU.
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