
Durante o Encontro Fora da Caixa, a decorrer no Savoy Palace, sob o tema ‘Madeira: Perspectivas do Próximo Ciclo Político e Económico’, Miguel Albuquerque afirmou que a Região vive um ciclo económico sólido, apesar das incertezas internacionais.
“A Madeira é uma economia aberta ao exterior e, nesse sentido, não está imune à situação geopolítica e ao exterior”, alertou o presidente do Governo Regional, referindo-se à guerra na Ucrânia e à instabilidade no Médio Oriente. “Temos que olhar para o mundo de uma forma diferente”, defendeu, apontando o “abrandamento do crescimento económico em todo o mundo”, com destaque para os casos da China, dos Estados Unidos e da Alemanha. “A União Europeia está estagnada” e “tem perdido competitividade”, acrescentou.
Em contraste com este cenário global, Albuquerque sublinhou que “a Madeira, de forma surpreendente para alguns e não surpreendente para outros, regista crescimento económico há 48 meses consecutivos”. Previu ainda que, em 2025, o PIB regional possa atingir os 8 mil milhões de euros.
Reforçou a importância de manter “as finanças públicas em ordem”, lembrando os 12 anos consecutivos de superavit e uma dívida pública regional de cerca de 65% do PIB — abaixo da média europeia e nacional.
Entre as prioridades futuras, o chefe do Executivo destacou a necessidade de “sedearmos na Madeira empresários e pessoas com alto rendimento”, a manutenção do índice de confiança e a aposta decisiva nas tecnologias como eixo da diversificação económica.
Prometeu ainda “investimentos muito importantes”, salientando que é na Região que decorre “a maior obra pública do país”: o novo Hospital Central e Universitário da Madeira. No plano social, apontou a habitação como área prioritária.
Miguel Albuquerque concluiu defendendo que “o maior investimento deve ser feito na formação e qualificação” dos madeirenses e deixou uma nota de reconhecimento ao antigo ministro das Finanças, Fernando Medina – um dos oradores convidados -, pelo “trabalho feito pela Madeira”.