Três grupos têxteis, com unidades no Vale do Ave e com ramificações em Guimarães, Famalicão, Vizela e Santo Tirso, estão em dificuldades e avançaram para Processos Especiais de Revilalização (PER). Estes grupos dão emprego direto a cerca de duas mil pessoas. A notícia é avançada pelo JN.

O Grupo Polopiqué, com sede em Santo Tirso, tem em andamento uma reestruturação, com recurso ao PER para algumas das unidades e pedidos de insolvência para outras. As várias empresas empregam 800 pessoas e metade serão despedidas.

Serão encerradas duas das unidades de produção, reestruturada dívida com a banca, venda de ativos e a concentração nos negócios que geram maior rendimento. O PER é para as sociedades das áreas de acabamentos e da Polopiqué Comércio, além do pedido de insolvência das unidades de tecidos e de confeção, apurou o ECO.

O mesmo acontece na JF Almeida, de Moreira de Cónegos, que também apresentou PER. A 1 de agosto, um fornecedor de produtos químicos avançou com um pedido de insolvência da StampDyeing – Tintutaria, Estamparia e Acabamentos, que emprega 100 trabalhadores. A StampDyeing, com sede em Ponte, Guimarães, faz parte do universo empresarial da Mabera que, em 2021, resgatou a histórica têxtil Coelima, pagando 3,7 milhões de euros para a tirar da bancarrota.

Têxteis J. F. Almeida, S.A. garante «operacionalidade» e cumprimento de todos os contratos

Em comunicado, enviado à redação, a Têxteis J. F. Almeida, S.A garante que o processo especial de revitalização, nos termos do artigo 17.º-I do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, «tem como único objetivo a reestruturação de créditos detidos por entidades financeiras» e não tem impacto na atividade empresa. «A operacionalidade da Têxteis J. F. Almeida, S.A. mantém-se integralmente assegurada, bem como o rigoroso cumprimento de todos os contratos celebrados com fornecedores, trabalhadores ou demais parceiros, que não são afetados em nenhuma medida» lê-se, ainda, no comunicado.