A Universidade Católica Portuguesa (UCP) vai marcar presença na Expo 2025, em Osaka, com uma programação de dois dias que alia ciência, arte e diplomacia académica em torno da defesa dos oceanos. Nos dias 18 e 19 de junho, o Pavilhão de Portugal acolhe um seminário internacional e uma exposição ambiental, numa iniciativa que reforça o papel da UCP na projeção global do conhecimento produzido em Portugal.
Com o mote “The Sea as Potential and Representation: Unlocking the Power of the Oceans”, o seminário de dia 18 convoca uma reflexão interdisciplinar sobre o oceano como força económica, símbolo cultural e eixo da sustentabilidade planetária. A partir das 14h, vozes académicas e institucionais vão debater os desafios e oportunidades da chamada “Economia Azul”, alinhadas com o tema central do pavilhão nacional, “Oceano, Diálogo Azul”.
Entre os intervenientes estão Isabel Capeloa Gil, reitora da UCP, e especialistas internacionais como Vindya Hewawasam, Guangwei Huang e Nkweauseh Reginald Longfor, da Universidade de Sophia, em Tóquio — uma das parceiras estratégicas da UCP. Da academia portuguesa, destacam-se os nomes de Ana Gomes, Paula Castro, Sónia Ribeiro, Daniel Ribas e Maria Ermida. O encerramento ficará a cargo de Nelson Lage, presidente da ADENE – Agência para a Energia, com uma intervenção centrada na valorização económica do mar.
Em paralelo, será inaugurada às 18h10 a exposição “Poetry as an Echological Survival”, da autoria de Nuno da Luz e com curadoria de Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes da UCP. A mostra estará patente até 19 de junho e propõe uma experiência sensorial e ambiental mediante instalações que transformam fenómenos naturais em vibrações percetíveis à escala humana. A produção é assinada pela Escola das Artes da UCP e reforça a aposta da instituição na interseção entre arte, ciência e ecologia.
A programação conta ainda com uma mesa-redonda sobre Sustentabilidade dos Oceanos, moderada por Vindya Hewawasam e com a participação de Margaux Anniemarie Duhem, Jiarong Hu, Dyna Apriyanti, Sara Cunha e Maria Ermida, num espaço de partilha de perspetivas culturais e científicas sobre o futuro dos recursos marinhos.
Estas iniciativas integram-se na estratégia de internacionalização da Universidade Católica Portuguesa e resultam de uma cooperação com a Universidade de Sophia, com quem assinou um protocolo de colaboração em março de 2023. Ambas as instituições integram a SACRU – Strategic Alliance of Catholic Research Universities, rede que promove o diálogo global entre universidades católicas de investigação.
Ao escolher a Expo 2025 como palco, a UCP posiciona-se como embaixadora do conhecimento português num contexto global e reforça os laços académicos com o Japão, num momento em que os oceanos se afirmam como território geopolítico, económico e ambiental de futuro.