“Que Espécie de Homens São Vocês” é o nome do novo trabalho que o TAL – Teatro Amador de Loureiro trouxe a palco. A peça estreou a 03 maio e marcou o início de uma relação de trabalho do grupo com o encenador João Amorim.
O palco do Auditório da Junta de Freguesia de Loureiro foi o local escolhido para acolher, pela primeira vez, a peça que aborda temas políticos, como os movimentos extremistas.
Ao microfone da Azeméis TV/FM, Evaristo Queirós, presidente do Teatro Amador de Loureiro, explicou como se deu o casamento entre o TAL e Amorim: “O João Amorim procurou-nos e propôs fazer uma encenação em Loureiro. Desde logo agradou-nos a ideia. Era irrecusável da nossa parte porque permitiu a entrada de mais atores, de colocar mais gente em palco e, a nível pessoal, deu-me uma folga porque era o responsável pelas encenações mais recentes.”
Antes das cortinas se abrirem para a estreia sentia-se, nos bastidores, uma vibração, algo que Queirós considera como habitual. “Se não estiverem um bocadinho nervosos também é mau sinal, é descontração a mais. Acho que toda a gente, por muito hábito que tenha do palco, há sempre um pico”, explicou o dirigente, que sublinhou também o sangue novo em cena: “Temos aqui muitos atores que vão subir a palco pela primeira vez.”
O encenador, João Amorim, revelou acompanhar o TAL há bastante tempo: “É a primeira vez que trabalho com o TAL, mas tenho uma memória, de há muitos anos, assistir a um espetáculo no Festola em Carregosa, com o Evaristo em cena.”
Quanto a “Que Espécie de Homens São Vocês”, o encenador vincou a tónica política e de reflexão que quer passe para o público. ”Arrisco-me a dizer que é provavelmente dos espetáculos com cariz político mais evidenciado, sem muita maquilhagem em torno disso”, começou por explicar Amorim, que espera que a peça também deixe os espectadores em alerta. “O que estamos a fazer é uma reação muito visceral, que é o que estamos a viver neste momento com movimentos extremistas que estão a avançar de forma assustadora. Acho que o espetáculo ajuda-nos a olhar para aquilo que nos tem passado despercebido.”