A Guarda Nacional Republicana (GNR) apresentou na manhã desta sexta-feira, o balanço da operação que realizou entre 7 e 11 de junho, e que se realizou em oito distritos de Portugal continental e no sul de Espanha.

Com especial incidência na Lezíria do Tejo, pois era em Samora Correia que estava localizada uma base de fabrico de lanchas ligadas ao narcotráfico, na região a operação passou ainda pelos concelhos de Azambuja, Cartaxo e Almeirim.

A operação de grande envergadura foi conduzida pelo Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, que nos últimos 38 meses investigou o grupo que se dedicava ao tráfico de estupefacientes do sul de Espanha e de Marrocos e através de Portugal introduzia a droga na Europa.

A GNR acredita que com esta operação conseguiu “debelar a cadeia logística destes grupos de suspeitos que se dedicavam ao tráfico de estupefacientes”, o que afetará fortemente, “a sua capacidade de distribuição de estupefaciente no território da península ibérica”, contribuindo assim “para um aumento do sentimento de segurança das suas populações.”

Com um total global de 49 detidos, 32 deles resultantes desta operação, há também registo de uma detenção em território espanhol.

Esta semana a GNR realizou 32 mandados de busca domiciliária, 21 mandados de busca não domiciliária e 35 mandados de busca/apreensão de veículos.

Como resultado da operação, a GNR conseguiu apreender 7 toneladas de haxixe, 650 kg de cocaína, 18 embarcações de alta velocidade, com um valor estimado de cerca de 8 milhões de euros, 40 motores de alta potência, com um valor estimado de cerca 2 milhões e meio de euros, 780 mil euros em numerário, 11 armas de fogo e 24 veículos automóveis.

Um dos armazéns onde alegadamente eram fabricadas as lanchas rápidas, que depois eram disponibilizadas aos traficantes via rio Tejo, encontrava-se à saída da cidade de Samora Correia, no sentido Alcochete, junto à Estrada Nacional 118.
O armazém era uma localização privilegiada, uma vez que se encontrava junto ao rio, o que permitiria meter as lanchas na água com facilidade.

Os detidos estão desde quarta-feira a serem presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Santarém, não sendo ainda conhecidas as medidas de coação aplicadas a cada um deles.