
A Comissão de Cogestão da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha (RNLSAS) aprovou, por unanimidade, o Plano de Cogestão 2024–2027, delineando o futuro da proteção, valorização e promoção sustentável deste valioso território natural, repartido entre os concelhos de Santiago do Cacém e Sines.
A decisão foi tomada após parecer favorável do Conselho Estratégico da RNLSAS, emitido a 9 de junho, e culmina um processo participativo e transparente, iniciado em 2024, com forte envolvimento das comunidades e instituições locais.
Uma aliança estratégica pelo futuro da biodiversidade alentejana
A Comissão de Cogestão — presidida pelo Município de Santiago do Cacém — integra o Município de Sines, o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Universidade de Évora, a ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, a ERT – Entidade Regional de Turismo do Alentejo, a AdSA – Águas de Santo André, S.A., a CCDR Alentejo e a CPADA, representada pela AGROBIO.
Este vasto e coeso leque de parceiros institucionais é sinal de um modelo inovador de gestão partilhada das áreas protegidas, onde o conhecimento científico, a administração local, a sociedade civil e os interesses ambientais confluem numa visão comum.
Um plano feito com e para o território
O Plano de Cogestão define uma estratégia integrada, com objetivos claros: valorizar e promover o território, sensibilizar as comunidades locais, melhorar a comunicação com os diversos utilizadores e, acima de tudo, conservar os valores naturais da Reserva. Trata-se de um instrumento operacional que orientará ações concretas no terreno até 2027.
O documento passou por Consulta Pública entre janeiro e março de 2025, e incluiu três sessões públicas de esclarecimento, resultando num Relatório de Ponderação que permitiu ajustar a proposta final às expectativas e preocupações da população.
Desde o início, o plano foi construído num processo de participação ativa, envolvendo ONGA’s, Juntas de Freguesia, associações locais, técnicos, autoridades e cidadãos. Esta abordagem colaborativa reforça o compromisso partilhado das entidades e legitima socialmente a sua implementação.
Financiamento e próximos passos
O processo de elaboração do plano contou com financiamento do Fundo Ambiental. Algumas das medidas preconizadas já se encontram em curso, apoiadas por contributos logísticos e operacionais das entidades envolvidas. A partir de agora, o foco será garantir meios financeiros complementares para executar o plano na totalidade e alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável propostos.
O Plano de Cogestão da RNLSAS está disponível ao público através do site do Município de Santiago do Cacém:
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