Vai ser enviada uma mensagem de telemóvel à população das áreas que deverão ser mais afetadas pela depressão Martinho.

“Estamos a preparar a emissão de um SMS à população, para as áreas que serão mais afetadas pela depressão Martinho. Estamos a falar desde a região de Leiria, Grande Lisboa, Península de Setúbal, o Litoral Alentejano, Baixo Alentejo e Algarve”, afirmou esta tarde Alexandre Penha, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em conferência de imprensa.

São esperadas inundações em zonas urbanas, o transbordo do leito de alguns rios e ribeiras, assim como deslizamentos de terras.

As situações mais preocupantes vão ocorrer a partir das 21h00 de quarta-feira.

Na quarta-feira, amanhã, o IPMA colocou em aviso laranja os distritos de Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja, Faro e a ilha da Madeira. Os restantes distritos estão em aviso amarelo.

Na quinta-feira, estão em aviso laranja todos os distritos de Portugal continental, exceto Bragança, Santarém, Portalegre e Évora.

A ANEPC alerta ainda para a possibilidade de cheias e subida dos caudais na bacia do Tejo, nas bacias urbanas de Cascais, Oeiras, Lisboa, Loures, Odivelas e Setúbal, bacia do Sado, do Guadiana e das ribeiras do Sotavento algarvio.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:

– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;

– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;

– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;

– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;

– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima; – Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;

– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;

– Retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, animais, equipamentos agrícolas e industriais, veículos e/ou outros bens para locais seguros;