O projeto “Travar a Pinheirinha”, aprovado no âmbito no âmbito do Aviso n.º 11545/2023 (Proteção e Conservação da Natureza e da Biodiversidade – Projetos de erradicação e controlo de espécies invasoras prioritárias) do Fundo Ambiental, com o objetivo de assegurar o controlo, a contenção ou a erradicação de espécies exóticas invasoras prioritárias, já se encontra em execução, refere em nota a Câmara de Cantanhede3.

Este projeto, resultante de uma candidatura submetida pelo Gabinete Técnico Florestal do Município de Cantanhede, “para além das ações de erradicação e controlo das espécie exóticas invasoras erva-pinheirinha (Myriophyllum aquaticum), cana-do-reino (Arundo donax) e várias espécies de acácia (Acacia dealbata, Acacia melanoxylon e Acacia longifolia), irá realizar ações de sensibilização para a população em geral relativamente à problemática associada à ocorrência e identificação destas espécies invasoras, bem como à identificação e preservação de espécies autóctones. Culminará ainda com ações de restauro ecológico, através da reintrodução de espécies nativas nos espaços intervencionados”.

O projeto está enquadrado na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030 no que diz respeito aos objetivos definidos no seu Eixo 1 (“Melhorar o estado de conservação do património natural”), nomeadamente no ponto “1.4 – Reforçar a prevenção e controlo de espécies exóticas invasoras a nível nacional e no quadro da EU”.

Este projeto é de cariz municipal, estando atualmente em execução na Lagoa dos Coadiçais (ou dos Cedros), na Lagoa do Corgo Dentro e na Vala do Pontão, na freguesia de Febres.

As atividades contemplam atualmente a remoção de erva-pinheirinha com o auxílio de uma máquina anfíbia, utilizando a mesma metodologia da recente intervenção na Lagoa dos Teixoeiros (freguesia de Tocha), sendo previsível que estas ações ajudem a menorizar o impacto altamente negativo que estas espécies exóticas invasoras exercem sobre os espelhos de água e linhas de água.

“De referir, ainda, que as zonas de intervenção estão incluídas na Estrutura Ecológica Municipal, que tem como principal função contribuir para o equilíbrio ecológico e para a proteção, conservação e valorização ambiental e paisagística dos espaços rurais e urbanos, garantindo as funções de proteção das áreas de maior sensibilidade ecológica e de maior valor para a conservação da flora autóctone, proteção das áreas afetas a riscos para a ocupação humana, a salvaguarda da função produtiva do concelho e a proteção e a manutenção em rede dos corredores ecológicos secundários”, diz a concluir.