O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025 para a Península de Setúbal foi apresentado publicamente no passado dia 29 de maio, numa sessão promovida pelo Comando Sub-regional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em parceria com o Município de Palmela, no Auditório da Biblioteca Municipal de Palmela.

A apresentação do Plano de Operações Sub-regional (PLANOP) esteve a cargo do comandante Sub-regional Sérgio Moura, acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, e pelo Comandante Regional Elísio Oliveira, da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Este ano, o DECIR apresenta duas alterações operacionais relevantes, resultantes da Diretiva Operacional Nacional n.º 2: Os meios de vigilância passam a estar integrados exclusivamente na Diretiva de Vigilância e Deteção da GNR; A apresentação dos meios contempla apenas o efetivo permanente.

No nível DELTA, o de maior empenhamento operacional, o dispositivo terrestre da Península de Setúbal conta com 292 operacionais distribuídos por 64 equipas e 68 veículos. Destes, 278 elementos e 65 veículos pertencem aos corpos de bombeiros, estando ainda previstos meios mobilizáveis para ataque ampliado, incluindo dois grupos de combate e uma equipa de posto de comando operacional.

A Força Especial de Proteção Civil (FEPC) mantém-se sediada no Montijo, com uma equipa de 5 elementos e 1 veículo, assegurando monitorização e apoio à decisão operacional. A FEPC continua a prestar apoio às estruturas da ANEPC, bombeiros e proteção civil local, com especial enfoque na análise de incêndios rurais.

A Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR assegura o ataque inicial aéreo com helicóptero sediado na Base Aérea n.º 6, no Montijo, e conta ainda com uma equipa terrestre de 4 elementos. A empresa AFOCELCA reforça o dispositivo com uma equipa e um veículo, posicionados na Herdade da Espirra, em Pegões.

O plano íntegra também meios complementares municipais, como máquinas pesadas e ligeiras, e medidas preventivas nas zonas mais críticas, com pré-posicionamento de recursos para resposta rápida, nomeadamente 3 veículos de combate, 1 veículo tanque e o helicóptero de ataque inicial.

No encerramento da sessão, Sérgio Moura enalteceu o desempenho de 2024, destacando uma eficácia de 99,52% no ataque inicial e ausência de reacendimentos na sub-região, números que considera fruto da articulação e empenho de todas as forças no terreno.

Em ano de celebração dos 25 anos do DECIR, o comandante reforçou a mensagem de compromisso coletivo com a proteção da floresta e das populações, sublinhando a importância de uma visão integrada e colaborativa: