
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inicia amanhã, dia 20 de maio, uma série de audições com os partidos com assento parlamentar, que se prolongam até sexta-feira.
O objetivo é ouvir as diferentes forças políticas antes de avançar com a formação de um novo governo, após as eleições legislativas antecipadas de domingo, dia 18 de maio.
O Presidente começa as audições com os três maiores partidos, PSD, PS e Chega, que serão recebidos já nesta terça-feira, com o PSD agendado para as 11h00, o PS às 15h00 e o Chega às 17h00.
Na próxima semana, Marcelo fará uma segunda ronda de audições exclusivamente com estas três formações, que têm o poder de viabilizar ou rejeitar uma eventual votação do Programa de Governo.
A escolha desses três partidos é estratégica, dado o resultado das últimas eleições, a AD (Aliança Democrática) venceu as legislativas antecipadas com 32,10% dos votos e obteve 86 deputados, enquanto o PS ficou em segundo lugar, com 23,38% dos votos e 58 deputados, o Chega, com uma votação de 22,56%, elegeu também 58 deputados.
As audições com os restantes partidos começam a ser agendadas, embora as datas e horários para a IL (Iniciativa Liberal), Livre, PCP (Partido Comunista Português), CDS-PP, BE (Bloco de Esquerda), PAN (Pessoas-Animais-Natureza) e JPP (Juntos pelo Povo) ainda não tenham sido divulgadas.
O resultado das eleições confirmou o grande desempenho da AD, seguida do PS, que apesar de não ter conquistado a liderança, poderá ainda desempenhar um papel importante na formação do novo governo.
O Chega e a IL também garantiram um papel relevante no novo cenário político.
Com a vitória da AD, que conseguiu uma clara vantagem nas urnas, e a derrota da esquerda, que viu o PS ultrapassado, o cenário político permanece dinâmico e as negociações para a formação do governo prometem ser um tema central nas próximas semanas.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a CDU (PCP/PEV) obteve 3,03% dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP.
O BE ficou com 2% e o PAN com 1,36%, ambos com um deputado eleito, assim como o JPP da Madeira, que elegeu um representante com 0,34% dos votos a nível nacional.