O MCCP avançou esta terça-feira com a sua saudação ao 25 de Abril de 1974, este ano, onde comemora os 50 anos decorridos daquele dia emblemático que Portugal testemunhou um evento singular que reverberou além-fronteiras. O documento enviados aos jornais, o MCCP lembra que “o golpe militar, inicialmente concebido como um movimento interno, rapidamente se transformou numa Revolução, contando com a adesão maciça da população. É indubitável que a ausência de derramamento de sangue, com exceção de cinco lamentáveis casos, destaca-se como uma raridade nos anais da história das revoluções. Este feito hercúleo foi impulsionado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), encerrando o longo período do regime fascista do Estado Novo e abrindo as portas para a democracia em solo português.

O MCCP de Carlos de Sousa relembra ainda a “Revolução dos Cravos, como ficou conhecida, não apenas pôs fim à opressão do regime anterior, mas também inaugurou uma nova era de desenvolvimento e democratização”.

Lembrando ainda os capitães de Abril, corajosos e determinados, merecem a nossa eterna gratidão por desafiarem o status quo e pavimentarem o caminho para uma Portugal mais justo e livre.

Contudo, é imperativo recordar não apenas os feitos heroicos daqueles que lideraram a Revolução, mas também a coragem dos homens e mulheres que, ao longo de décadas, enfrentaram a repressão e o autoritarismo em prol da liberdade e da democracia. As suas histórias, marcadas por prisões, torturas e sacrifícios, não devem jamais ser esquecidas.

“Ao celebrarmos meio século de liberdade, é igualmente necessário refletir sobre os desafios que ainda enfrentamos como nação. Embora tenhamos avançado significativamente desde os dias sombrios do regime anterior, ainda há muito a fazer em termos de desenvolvimento económico e social. A comparação com outros países europeus evidencia que temos um longo caminho a percorrer”, salienta o documento.

Avançando ainda que neste contexto, é papel fundamental das instituições, tanto a nível central quanto local, educar as gerações mais jovens sobre os valores da democracia e os horrores do autoritarismo. É vital que as lições do passado sejam transmitidas às futuras gerações, garantindo que jamais repitamos os erros do passado.

O MCCP lembra que “em Palmela, honramos não apenas os líderes políticos e militares que moldaram o nosso país, mas também os cidadãos comuns, os trabalhadores das autarquias locais e as diversas organizações da sociedade civil que, ao longo dos anos, contribuíram para a construção de uma comunidade mais justa e próspera. Aos eleitos, aos trabalhadores municipais, às associações culturais, desportivas e sociais, expressamos a nossa profunda gratidão por seu incansável empenho em prol do bem-estar de Palmela e dos seus habitantes”.

As celebrações do marco histórico que é o 25 de Abril é um momento de renovação dos compromissos políticos com os ideais da liberdade, justiça e igualdade, para o MCCP é preciso construir um futuro ainda mais brilhantes para as gerações vindouras, desejando assim que os “próximos 50 anos sejam marcados não apenas pela memória, mas também pela promessa de um amanhã mais próspero e harmonioso para todos os portugueses”.