
Mário Machado, líder do grupo neonazi 1143, foi agredido no Estabelecimento Prisional onde se encontra desde segunda-feira, por um grupos de reclusos. A informação foi confirmada por Frederico Morais, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, em declarações à SIC Notícias.
Segundo o dirigente sindical, a agressão que ocorreu esta terça-feira, terá sido protagonizada por outros reclusos, alegadamente de etnia cigana, quando Mário Machado se dirigia à cela para organizar os pertences. Foi agredido com murros e pontapés e o conflito foi travado pelos guardas prisionais após terem ouvido os gritos. Apesar do incidente, Mário Machado não quis apresentar queixa nem necessitou de cuidados hospitalares.
Após a agressão o militante de extrema-direita foi mudado de ala.
O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional referiu que “Mário Machado teve sorte”. “Por acaso, na segunda-feira, existiam guardas suficientes, o que não costuma acontecer”, disse.
Frederico Morais alertou para o risco potencial do episódio, sublinhando que “houve guardas suficientes no momento para intervir” e evitar consequências mais graves. “Neste caso, o socorro foi rápido e eficaz, mas podia ter corrido muito pior. A escassez de efetivos nos estabelecimentos prisionais, como Alcoentre, continua a ser um problema sério”, frisou, lembrando que os guardas daquele estabelecimento estão em greve ao trabalho suplementar, em protesto contra a sobrecarga laboral.
Mário Machado foi detido no final de maio pela Polícia Judiciária, para cumprimento de uma pena de dois anos e dez meses de prisão efetiva. A condenação resulta de um processo judicial por descriminação, incitamento ao ódio e à violência por decisão do Tribunal da Relação.