Mais de meia centena de crianças e jovens perderam a vida por afogamento em Portugal nos últimos quatro anos, segundo dados divulgados no âmbito da 23.ª edição da Campanha de Prevenção de Afogamentos promovida pela APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil). A iniciativa, que conta pela quarta vez com a parceria da Guarda Nacional Republicana (GNR), pretende alertar as famílias para os riscos deste tipo de acidente, que ocorre de forma rápida, silenciosa e mesmo em pouca água.

A campanha sublinha a importância de adotar medidas de segurança em todos os ambientes aquáticos — piscinas, tanques, praias, rios ou barragens — independentemente da quantidade de água presente.

Para reforçar a sensibilização, os militares da GNR encontram-se no terreno desde 16 de junho e até 30 de setembro, realizando ações junto da população residente e visitante, com o objetivo de promover comportamentos de prevenção que permitam um verão mais seguro para todos.

A APSI salienta que, na última década, o número médio anual de mortes por afogamento entre crianças e jovens rondava os 8,9 casos por ano. No entanto, na década atual, a média anual subiu para 14, o que é considerado alarmante. Também o número de chamadas para o 112 relacionadas com este tipo de acidentes, incluindo mergulhos mal calculados, tem vindo a aumentar.

A campanha deste ano inclui, pela primeira vez, uma infografia para facilitar a compreensão dos dados e ajudar na prevenção destes acidentes, cuja ocorrência continua a ter um impacto devastador em famílias e comunidades.