
A região semiautónoma chinesa de Macau proibiu hoje a importação de carne de ave e derivados, incluindo ovos, do concelho de Benavente, no distrito de Santarém, na sequência da deteção de casos de gripe aviária.
“Os pedidos de importação de carne de frango e produtos derivados provenientes de zonas com surtos de gripe aviária não serão aprovados”, disse o Instituto de Assuntos Municipais (IAM) de Macau.
Num comunicado, o IAM prometeu “continuar a controlar rigorosamente os alimentos frescos importados e vendidos em Macau através de um mecanismo eficaz de inspeção de importação e de quarentena”.
Na quinta-feira, também a região vizinha de Hong Kong tinha anunciado uma proibição “para proteger a saúde pública”, na sequência de uma notificação da Organização Mundial de Saúde Animal.
De acordo com dados oficiais citados no comunicado, Hong Kong não importou carne de ave ou derivados de Portugal na primeira metade de 2025.
O Centro para a Segurança Alimentar (CFS, na sigla em inglês) de Hong Kong sublinhou, num comunicado, que já contactou as autoridades portuguesas e que vai acompanhar “de perto” a situação e as informações emitidas pela Organização Mundial de Saúde Animal.
“Serão tomadas as medidas adequadas em resposta ao desenvolvimento da situação”, referiu.
A gripe das aves foi detetada numa exploração de patos de engorda, em Benavente, distrito de Santarém, anunciou na quarta-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), precisando que os animais foram abatidos.
“Foi confirmado um novo foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa exploração avícola de patos de engorda, na freguesia de Santo Estêvão”, lê-se numa nota da DGAV.
Este mês já tinham sido detetados focos em Olhão, Aveiro, Alcácer do Sal e Costa de Caparica.
As medidas de controlo e erradicação já foram implementadas e incluem a inspeção do local onde a doença foi detetada, o abate dos animais infetados e a limpeza e desinfeção das instalações.
Foram ainda impostas restrições à movimentação e as explorações com aves nas zonas de restrição (num raio de 10 quilómetros em redor do foco) estão a ser vigiadas.
A DGAV voltou a pedir a todos os detentores de ave que cumpram as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção, evitando os contactos entre aves domésticas e selvagens.
A transmissão do vírus H5N1para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.