
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera divulgou hoje um comunicado no qual confirma que foram registados quatro tornados em Beja e Campo Maior nos dias 2 e 3 de maio deste ano.
Com novos elementos documentais e relatos de testemunhas entretanto recolhidos, refere a IPMA, foi possível aprofundar a análise dos fenómenos.
«No dia 2 de maio, foi confirmada a ocorrência de dois episódios de vento muito forte, um nas proximidades de Beja (Porto Peles), pelas 07h10 UTC (08h10, hora local), e outro na vizinhança de Campo Maior (Degolados), pouco após as 12h00 UTC (13h00, hora local).
Pela análise da documentação disponível e natureza dos danos produzidos, foi possível qualificar ambos os fenómenos como tornado.
Admite-se que estes tornados, que causaram danos de diversa ordem, designadamente em telhados de habitações, postes de eletricidade e árvores, tenham alcançado uma intensidade de F1/T2 (escala clássica de Fujita/escala de Torro), correspondendo a vento máximo instantâneo compreendido entre 33 e 41 m/s, ou seja, 118 e 148 km/h (rajada, média de 3s).»
Já no dia 3, «às 07h06-07h07 (UTC = hora local -1) ocorreu o tornado de Sesimbra (Sesimbra) que se dissipou ao alcançar terra, não tendo sido possível recolher elementos para o categorizar. O trajeto seguiu um rumo sudoeste-nordeste.
No mesmo dia, às 11h42-11h44 UTC (UTC igual a hora local – 1), ocorreu o tornado de Sardoal (Sardoal), classificado como IF1.5, ou seja, com vento máximo instantâneo de magnitude 50 m/s ou 180 km/h), com um trajeto de extensão superior a 3000 m, segundo um rumo sul/sudoeste-nor/nordeste».
Relativamente às ocorrências de 3 de maio, o IPMA refere que se «pela primeira vez, o Instituto aplicou a escala de Fujita Internacional (IF, International Fujita) para a categorização quantitativa dos fenómenos».