A sub-região da Grande Lisboa vai contar com mais dois reforços operacionais no dispositivo de combate a incêndios rurais entre julho e setembro, num total de 286 operacionais, 47 equipas de combate e 21 de apoio logístico. A revelação foi feita por Hugo Santos, comandante sub-regional de Meios de Socorro e Proteção Civil, que destacou a importância deste reforço não apenas para a resposta local, mas também como apoio a outras regiões do país.

Segundo o responsável, o aumento inclui uma nova equipa de combate (ECIN) e uma equipa logística (ELAC), reforçando o dispositivo da sub-região que abrange os concelhos da Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras, Mafra, Sintra e Vila Franca de Xira.

“A Grande Lisboa é uma sub-região com capacidade de reforçar outras zonas do território continental”, destacou Hugo Santos, referindo a colaboração ativa com o Alto Minho, onde bombeiros da região vão ser destacados durante os meses mais críticos do verão.

Entre 1 de julho e 30 de setembro, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR 2025) garante um dos maiores contingentes operacionais da região, com o apoio de 68 viaturas e a presença de cinco equipas de Sapadores Florestais do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

Meios aéreos prontos e resultados positivos no terreno

Em paralelo, os meios aéreos também começam a ser ativados. Um helicóptero bombardeiro ligeiro já está operacional no Montijo, com cobertura sobre toda a sub-região. Outro helicóptero, sediado na Lourinhã, apoia o ataque inicial aos incêndios em articulação com o dispositivo nacional.

O comandante sub-regional destacou ainda a eficácia demonstrada nos anos anteriores. Em 2024, 97,99% das ignições foram controladas no período de ataque inicial, com um tempo médio de resolução de 27 minutos em mais de 400 ocorrências.

“O despacho do primeiro meio ocorreu, em média, em apenas 38 segundos, a primeira viatura saía ao fim de 4 minutos, e a chegada ao teatro de operações acontecia em 12 minutos”, sublinhou Hugo Santos, que salientou o papel decisivo desta prontidão na contenção de grandes fogos.

Limpeza e prevenção continuam a ser chave

Apesar do reforço, o responsável deixou um alerta claro à população: a eficácia dos meios de socorro não substitui a necessidade de prevenção individual e comunitária. Santos apelou à limpeza das faixas de proteção em torno de casas e aglomerados e pediu especial cuidado nos dias de maior risco.

“Todos os incêndios começam pequenos. Se não forem combatidos logo à nascença, arrisca-se perder a eficácia do ataque inicial”, concluiu o comandante.

Com um dispositivo robusto, articulado e baseado nas lições dos últimos anos, a Grande Lisboa apresenta-se este ano como um pilar estratégico do combate nacional aos incêndios, pronta a proteger o seu território e a apoiar onde for necessário.