
A segunda edição do Bairros – Festival de Artes Cooperativas, organizada para celebrar o quarto aniversário do Centro de Artes e Criatividade (CAC), aconteceu entre os dias 25 de abril e 3 de maio, transformando o espaço num vibrante ponto de encontro de criatividade e participação comunitária.
O festival contou com uma programação diversificada e envolvente, destinada a todas as idades e a diferentes áreas da arte.
Ao longo de uma semana, o CAC acolheu uma série de atividades, incluindo ateliês para o público infantojuvenil com Beatriz Mota e o Serviço Educativo do CAC, visitas encenadas às exposições com Susana Quaresma, Ricardo Fonseca, Carla Santos e a equipa do serviço educativo, e sessões de contos com Susana Cecílio.
A programação também incluiu uma oficina de adufes com Joana Margaça, exibição do documentário “Onde está o Zeca?”, seguida de um debate promovido pela Oeste Respira, além de um encontro de jogos de tabuleiro organizado pelo ATV/Somos Comunidade.
A inclusão de teatro para bebés com o grupo Jazzyababum e o espetáculo teatral “O pai que se tornou mãe”, complementado por um workshop de origamis com Pedro Giestas, também marcou a diversidade e acessibilidade do festival, que fez questão de envolver todas as faixas etárias.
Um dos maiores destaques desta edição foi o projeto “Círculos”, uma iniciativa artística de forte envolvimento comunitário que trouxe várias parcerias da Encosta de São Vicente para o festival.
O ATV/Somos Comunidade apresentou a instalação audiovisual “Lar doce Lar” na Oficina Comunitária, dando voz às histórias dos moradores da Encosta. A AREPO também se destacou com o espetáculo musical “Poema(rio) Cantado”, que envolveu utentes do Gabinete de Apoio à Deficiência Visual na seleção e gravação de poemas, associando-os a lugares significativos do concelho, abordando temas como espaço, tempo, emoção e memória.
A A Bolha – Teatro com Marionetas levou ao palco o espetáculo “INCONTRO”, uma performance de marionetas e sombras projetada na parede branca do Anfiteatro do CAC, que trouxe à vida os “círculos do nosso quotidiano”, transformando-os em formas animadas e reflexões sobre as histórias das pessoas que habitam e cruzam os espaços do bairro.
O projeto “Círculos” é cofinanciado pela Direção-Geral das Artes (DGArtes) e pela Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP), e reflete a missão do festival de aproximar a arte da comunidade, promovendo a expressão criativa e o fortalecimento dos laços sociais.
O sucesso do evento destaca o papel do CAC e do Festival Bairros como plataformas essenciais para a promoção da arte, da cultura e da inclusão social em Torres Vedras.