O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, reiterou o compromisso do Governo em transformar antigas infraestruturas militares em habitação, beneficiando tanto os militares como a população em geral. A garantia foi dada à margem da inauguração do Centro de Interpretação da Guerra da Restauração, em Borba.

Segundo o governante, o esforço desenvolvido nos últimos meses no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem permitido um investimento sem precedentes. «Quando tomei posse, há cerca de um ano, o Exército tinha visto aprovado de PRR pouco mais de 300 mil euros. E menos de um ano depois nós multiplicámos esse investimento PRR para 30 milhões», afirmou.

O ministro explicou que este investimento se destina à reabilitação de imóveis devolutos e à sua reconversão para fins habitacionais. «Esses 30 milhões tiveram exactamente como objectivo recuperar e reconverter edifícios abandonados para a habitação», disse, referindo que estão em causa cerca de 15 edifícios, incluindo dois colégios militares.

Entre os exemplos apontados, Nuno Melo destacou imóveis localizados em áreas nobres das cidades, como os edifícios das Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento e o antigo Quartel de Santa Clara. «Alguns edifícios muito grandes em zonas nobres das cidades que estavam parados, estavam devolutos, estavam abandonados», afirmou.

A iniciativa abrange ainda a modernização de colégios militares, como os Pupilos do Exército e o Colégio Militar, bem como projetos habitacionais desenvolvidos através do Instituto de Ação Social das Forças Armadas. «Foram entregues perto de 160 habitações a militares dos três ramos das Forças Armadas», revelou o ministro.

Nuno Melo sublinhou a importância da medida num contexto de crescente pressão sobre o mercado imobiliário, especialmente nas principais cidades. «Temos noção que é caro viver desde logo nas principais cidades. Isso por maioria de razão vale para as Forças Armadas e, dando nós ofertas de habitação a baixo custo, estamos a assegurar um aumento do rendimento disponível», declarou.

O ministro garantiu ainda que o esforço será contínuo: «Cada cêntimo que consigamos reunir para dedicar à habitação nas Forças Armadas, certamente que o faremos e que utilizaremos. Isso é um esforço permanente», concluiu.