Entre os dias 7 e 13 de julho de 2025, as cotações dos porcos das classes E e S mantiveram-se estáveis no Alentejo, refletindo a tendência verificada a nível nacional, de acordo com a análise semanal do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA). No entanto, os leitões de 19 a 25 kg registaram uma descida de 10 cêntimos por quilograma na região.

A estabilidade nas cotações dos porcos classe E (com 57% de carne magra) verifica-se tanto na entrada em matadouro, com preço médio nacional de 2,42 €/kg de peso carcaça, como na saída da produção (5,12 €/kg de peso vivo). Os valores mantêm-se semelhantes aos da semana anterior, ainda que se observem variações negativas em relação ao mesmo período de 2024 e ao triénio 2022-2024.

No que se refere aos leitões até 12 kg e de 19 a 25 kg, registou-se a nível nacional uma descida de 9 e 10 cêntimos/kg, respetivamente. No caso do Alentejo, a quebra centrou-se nos leitões mais pesados (19-25 kg), cujo valor sofreu um recuo de 10 cêntimos por quilograma. Já os leitões de <12 kg mantiveram-se estáveis na região, ao contrário do que sucedeu na Beira Litoral, onde desceram 42 cêntimos/kg.

Quanto às porcas de refugo, as cotações permaneceram inalteradas nas regiões do Algarve e Beira Litoral, não havendo referência a alterações no Alentejo.

Olhando para o contexto europeu, Portugal manteve a cotação dos porcos da classe E nos 2,41 €/kg de peso carcaça, em linha com as semanas anteriores, contrastando com descidas em países como os Países Baixos (-5,7%) e a Alemanha (-4,1%). O preço nacional situa-se acima da média da União Europeia, que foi de 2,17 €/kg para esta categoria.

Em termos de comércio internacional, entre janeiro e maio de 2025, Portugal aumentou as exportações de carne suína fresca/refrigerada em 21,4% face ao mesmo período de 2024, totalizando 21,9 milhões de euros. No entanto, o saldo da balança comercial manteve-se negativo em 157 milhões de euros, refletindo a forte dependência das importações.

No capítulo da produção, os abates aprovados para consumo, entre janeiro e abril, revelam um crescimento de 2,9% no número total de suínos abatidos face ao período homólogo, com um aumento de 4,3% no segmento dos porcos de engorda. O peso médio de abate mensal manteve-se estável.

O boletim semanal do SIMA destaca assim uma conjuntura marcada pela estabilidade nas cotações de suínos adultos e alguma pressão descendente nos preços dos leitões, com impacto direto na atividade suinícola da região Alentejo.