As cotações dos borregos e cabritos registaram oscilações significativas durante a semana de 21 a 27 de julho, com destaque para uma descida generalizada no mercado do Alentejo, tanto nos ovinos como nos caprinos, segundo a informação disponibilizada pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA).

De acordo com os dados divulgados, a cotação média nacional dos borregos de menos de 12 kg registou um ligeiro aumento (+13 cêntimos/kg), enquanto os borregos de 22-28 kg e de mais de 28 kg sofreram reduções significativas, de -69 e -65 cêntimos/kg, respetivamente.

No Alentejo, observou-se uma descida generalizada nas cotações dos borregos em todas as categorias: borregos entre 13-21 kg registaram quebras entre 14 a 23 cêntimos/kg, os de 22-28 kg entre 37 a 88 cêntimos/kg e os de mais de 28 kg entre 37 a 83 cêntimos/kg. Esta tendência está associada à diminuição da procura por parte dos mercados de exportação, tradicionalmente relevantes para os produtores da região.

Quanto aos caprinos, a oferta de cabrito foi considerada fraca na área de mercado do Alentejo Norte e média em Estremoz. A procura, por seu lado, manteve-se fraca nas duas zonas. Esta conjuntura resultou numa quebra de 50 cêntimos/kg nas cotações dos cabritos de menos de 10 kg em ambas as áreas analisadas. Também as cotações máximas dos cabritos de mais de 10 kg sofreram reduções acentuadas, de -75 cêntimos/kg no Alentejo Norte e de -90 cêntimos/kg em Estremoz.

Entre janeiro e maio de 2025, as exportações de ovinos superaram significativamente as importações, gerando um saldo positivo de 30,95 milhões de euros, representando um aumento de 36,4% face ao período homólogo de 2024. Em contraste, o saldo comercial dos caprinos manteve-se negativo, com um agravamento do défice para -12,81 milhões de euros.

Ainda segundo o documento, os ovinos vivos continuam a ser a principal componente exportada, com mais de 186 mil cabeças enviadas para o exterior, num aumento de 7,4% face ao ano anterior. No sector caprino, registou-se uma quebra de 55,3% nas entradas de caprinos vivos, o que poderá indicar alterações na estrutura da oferta.

Relativamente aos abates aprovados para consumo, os ovinos apresentaram uma redução de 11,3% no número de cabeças e de 13,7% em peso, no período de janeiro a maio de 2025, face a igual período do ano anterior. Nos caprinos, verificou-se uma descida de 8,0% em número de cabeças, mas um ligeiro acréscimo de 3,0% em peso, sugerindo um aumento do peso médio por animal abatido.