
Qualquer pessoa pode vir ter diabetes, seja o tipo 1 ou tipo 2, os mais comuns. Contudo, existe quem tenha um risco mais elevado de a desenvolver. Será que é o seu caso? Um médico revela algumas questões que deve ter em conta sobre esta doença crónica.
Ao 'website' Only My Health, o médico Anil Menon começou por explicar a diferença entre a diabetes tipo 1 e tipo 2. "A diabetes tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas, o que leva à falta completa de insulina. O diagnóstico ocorre na infância ou no início da idade adulta", diz o especialista.
Por outro lado, "a diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou as células tornam-se resistentes aos seus efeitos, o que significa que a insulina produzida não funciona tão eficaz".
Pode não existir uma forma de prevenir a diabetes tipo 1, mas existem alguns fatores de risco, como é o caso do histórico familiar. Já no caso da diabetes tipo 2, o risco é maior se tiver excesso de peso, de tem mais de 45 anos, se pratica exercício físico menos de três vezes por semana ou se tiver alguma doença hepática.
"Tanto os genes quanto o estilo de vida desempenham um papel crucial. A predisposição genética envolve múltiplos genes que reduzem a ação da insulina ou prejudicam sua produção", continua o médico.
Ainda assim, fatores relacionados com o estilo de vida, como sedentarismo, falta de exercícios e má alimentação, também acabam por ter influência. "Estes hábitos de vida podem aumentar a resistência à insulina e acelerar o aparecimento de diabetes, mesmo em pessoas sem uma forte predisposição genética."
O que deve fazer se tiver risco elevado?
O médico revela que não é motivo para entrar em pânico, mas deverá manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios de forma regular e ainda manter o peso saudável.
Diabetes 'vê-se' nas mãos?
Segundo o jornal Metrópoles existem alguns sinais de diabetes que podem 'ver-se' nas mãos. É o caso dos dedos dobrados. Um estudo publicado pela Associação Americana de Diabetes refere que quem tem diabetes tipo 1 e tipo 2 tem mais dificuldade em endireitar os dedos, geralmente o anelar ou o polegar. A condição é dolorosa e o pode ser necessário uma intervenção cirúrgica.
Por outro lado, apresentar a zona à volta da unhas sempre vermelha é outro dos motivos de alerta. Uma outra investigação, publicada na Wiley Clinical Healthcare Hub, revela que pessoas diagnosticadas com diabetes tendem a apresentar problemas de circulação. Essa situação pode causar vermelhidão ao redor das unhas.
Tinha ainda em conta as linhas das unhas. Pessoas com diabetes podem ter linhas de Beau. Segundo a rede de saúde CUF, são "depressões transversais na unha e podem ser sinal de má nutrição, sarampo, papeira, escarlatina, doença vascular periférica, pneumonia, diabetes descontrolada ou deficiência de zinco".
Por fim, atenção às unhas amarelas. Acaba por ser uma doença infeciosa causada por fungos muito frequente em pessoas com diabetes. Esta condição torna as unhas amareladas, quebradiças, espessas e irregular.