A KTM AG enfrenta semanas decisivas para o seu futuro, e para a implementação do processo de reestruturação sob liderança do administrador de insolvência, Petr Vogl.

Tudo começou a 20 de dezembro, e a 24 de janeiro será determinada a sua aprovação (ou não) pelos credores, mas a votação final sobre as medidas só deverá ser a 25 de fevereiro.

Até lá, é essencial que Stefan Pierer e o co-diretor-executivo Gottfried Neumeister consigam encontrar novo capital – 540 milhões de euros para cobrir a quota de 30 por cento dos credores. São, pois, 90 dias exigentes. A procura de investidores está a cargo do Citigroup. Mas o mercado parece ter recuperado confiança na marca KTM, cujo preço das ações subiu em 69,71 por cento no último mês, de acordo com o GPOne.com.

O próprio Stefan Pierer admite contribuir com capital próprio, especulando-se que irá vender uma empresa imobiliária. Mas depois de todo o processo, não deverá manter-se como acionista maioritário da KTM AG – detida pela Pierer Industrie AG através da holding Pierer Bajaj AG. Os outros 49,9 por cento são da Bajaj Group.

E a empresa indiana poderá ser parte da solução de investimento, além da CFMOTO, da empresa de investimento FountainVest e de um possível investidor que possa vir a ser convencido pelo Citigroup.

Entretanto, a produção na Áustria está parada desde 13 de dezembro, numa situação que se prolonga até ao fim de fevereiro. O excesso de stock já precisa de ser urgentemente reduzido, com cerca de 130.000 unidades a mais.

E, claro, os funcionários não só têm de lidar com salários em atraso, como também com a possibilidade de despedimentos – já foram extintos cerca de 750 postos de trabalho.