Em 2021, cerca de 57 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com demência, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevê-se que esse número quase triplique, atingindo 153 milhões até 2050.

Fazer ajustes na dieta e no estilo de vida pode ter um impacto positivo na saúde do cérebro, reduzindo assim o risco de desenvolver doenças cognitivas como demência e Alzheimer.

Além disso, um novo estudo sugere que a prática de um exercício específico pode fortalecer o cérebro - o ciclismo.

Publicado na JAMA Network, o estudo revelou que pedalar na meia-idade pode promover uma melhor saúde cerebral, reduzindo o risco de demência em 22%.

O coautor do estudo, Liangkai Chen, professor da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, em Wuhan, China, explicou: "As nossas descobertas indicam que os modos de transporte ativos, como o ciclismo, estão associados a volumes hipocampais maiores, essenciais para a memória e a função cognitiva".

Com 479.723 participantes do UK Biobank, com idade média de 56 anos e sem diagnóstico de demência no início do estudo, a investigação destacou a importância do ciclismo e de outros meios de transporte ativos na prevenção da demência.

Entre os participantes, 8845 foram diagnosticados com demência e 3956 com Alzheimer ao longo de 13 anos de acompanhamento, mostrando que os não ativos tinham um risco maior em comparação com os ativos.

Os autores do estudo observaram que "aqueles que optaram por modos ativos de transporte, como caminhada, ciclismo e ciclismo misto, apresentaram um risco significativamente menor de demência, devido aos efeitos neuroprotetores da atividade física e dos exercícios aeróbicos envolvidos no ciclismo".

Chen acrescentou: "O ciclismo regular pode aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro, reduzir a inflamação e estimular a neurogênese, contribuindo assim para a preservação do volume hipocampal e para a redução do risco de demência".