
As transmissões e embraiagens automáticas é cada vez mais uma tendência nos motociclos, e a Ducati está a seguir os seus adversários com novas patentes recentemente submetidas.
De acordo com o Australian Motorcycle News, o fabricante de Borgo Panigale tem duas versões da embraiagem automática, baseadas num controlo hidráulico – muito diferente da E-Clutch da Honda, por exemplo, apesar de os conceitos não divergirem muito.
Cada uma das variantes patenteadas pela Ducati tem um atuador eletro-mecânico que faz girar uma haste roscada inserida num parafuso esférico. Esta puxa ou empurra uma haste inserida num cilindro mestre de embraiagem extra.
Daqui para a frente, há diferenças. Numa das versões, o cilindro mestre está ligado a um cilindro mestre de embraiagem normal no guiador, pelo que o atuador e a alavanca convencional podem operar independentemente.
Já na segunda possibilidade, a Ducati propõe um atuador eletro-mecânico e um cilindro mestre extra, mas sem o sistema hidráulico montado no guiador. Continua a haver uma alavanca normal, mas esta só faz chegar as instruções a centralina da moto dizendo para ativar ou desativar a embraiagem usando o sistema de embraiagem automática. A troca de mudanças continua a ser um processo convencional, com uma alavanca de pé.
Com isto, o sistema patenteado pela Ducati pode ativar e desativar automaticamente a embraiagem ao arrancar ou parar e durante as passagens de caixa, mas também pode ser uma ajuda de condução – uma espécie de anti-stall e de controlo de arranque, mas exigindo sempre o controlo da alavanca por parte do condutor.
Poderá chegar a embraiagem automática às corridas?
Esta é uma questão que se coloca, tendo em conta que a Ducati está altamente envolvida nas competições, desde logo no Mundial de Superbike cujas motos são derivadas de produção. E as regras permitem que uma embraiagem automática seja usada, caso seja idêntica à das motos de estrada que servem de base.