"Escolher um destino sem automóveis é uma forma de poupar combustível e ajudar a salvar o planeta", começa por escrever Robin Catalano no site da National Geographic.

"Os sítios que proíbem ou restringem consideravelmente os veículos motorizados podem ser famosos, como Veneza, a maior zona pedestre do mundo, ou menos conhecidos, como Geithoorn, nos Países Baixos, e a ilha de Holbox no México".

A verdade é que umas férias menos apressadas e sem buzinadelas podem ser mais relaxantes.

"Viajar sem um veículo alivia as pressões de procurar trajetos, dores de cabeça e a despesa de encontrar lugar onde estacionar em centros urbanos movimentados e permite às pessoas abrandar e absorver o ambiente local à velocidade das suas passadas", explicou Paul Melhus, director executivo e co-fundador da ToursByLocals, que organiza viagens a zonas sem automóveis.

Existem alguns destinos onde pode (e deve) prescindir do carro, pois os automóveis são proibidos.

"Habitada desde a Idade da Pedra e com apenas 4,1 quilómetros quadrados, Tunø, na Dinamarca, é fácil de explorar a pé, de bicicleta, de trotineta e de traxas, os táxis-tractor da ilha. Os turistas chegam aqui após uma pitoresca viagem de ferry de uma hora, vindos de Hou(na costa Odder da Jutlândia), durante a qual podem avistar focas e toninhas.

Coberta de colinas verdes luxuriantes que se erguem sobre praias de areia e pedra, a ilha atrai caminhantes e ornitólogos amadores. As melhores vistas são a partir da torre da igreja de Tunø, do século XIV, uma combinação invulgar de capela e farol, rodeada por macieiras e silvados com amoras".

Na lista, segue-se a Medina de Fez, em Marrocos. "Uma das maiores áreas urbanas interditas a automóveis contíguas do mundo, com cerca de 280 hectares, a Medina de Fez é Património Mundial da UNESCO e a cidade medieval mais bem conservada de Marrocos. As suas 9400 ruas estreitas e serpenteantes só podem ser percorridas a pé ou por burros. Para além dos seus souks – que vendem comida, especiarias, candeeiros e cabedal - a medina alberga palácios, mesquitas, fontes e escolas multisseculares.

A Bab Boujloud (Porta Azul) é a entrada principal da cidade antiga. O Dar Batha, um museu-palácio, possui uma excelente colecção de artefactos locais, sobretudo têxteis e bordados, e um jardim com um pátio revestido a mosaicos e uma fonte."

Podemos ainda falar de Trogir, na Croácia, "um sítio reconhecido como Património Mundial da UNESCO com raízes helénicas (323-33 a.C.). Este pequeno povoado insular do Mar Adriático conta com exemplares de arquitetura que se estendem desde o Romano ao Barroco. Situada uma hora a oeste de Split - uma viagem que pode fazer de autocarro, táxi ou táxi aquático - Trogir possui um centro histórico pitoresco, com ruas empedradas e edifícios medievais magnificamente conservados.

O melhor é, possivelmente, a Catedral de São Lourenço, datada do século XIII, com o seu campanário com 46 metros de altura, três naves e um portal em pedra com imagens intrincadamente esculpidas de Adão e Eva nus. Se quiser visitar uma das soalheiras praias do Adriático pelas quais a Croácia é conhecida, Čiovo fica a poucos minutos a pé: basta atravessar uma ponte pedestre."

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