Luís Montenegro esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, na TVI que ficou marcada pela polémica que tem existido sobre o caso da empresa familiar Spinumviva. Aliás, sobre isso, o primeiro-ministro salvaguardou-se garantindo que talvez pudesse ter gerido melhor a situação, não tendo antecipado o que podia acontecer, mas que nunca teve nenhum comportamento de corrupção.
“Nunca. E desafio quem quer que seja a dizer o contrário. Nunca fui suspeito nem pode ser. Isto não pode ser! E quem disser o contrário tem de prová-lo”, disse já em ânimos exaltados. E continuou:. “Admito que uma ou outra coisa pudesse ter sido enquadrada de maneira diferente, mas eu não sou acusado de ter tido cometido ilegalidade, não tive nenhuma atitude ilícita. Isto é um manto de insinuação e de aproveitamento político, de difamação em muitos casos, que não tem correspondência com os factos”, afirmou. “Eu fiz tudo de boa-fé. Sou acusado de ter trabalhado. Eu não me envergonho disso. Estava fora da política, tinha uma atividade que era a advocacia, tinha património que foi herdado dos meus pais e criei uma empresa para administrar esse património”.
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No seguimento, e para esclarecimento dos portugueses, confessou que esta atividade empresarial em nada influenciou na política: “Eu vivo do meu trabalho, vivi sempre do meu trabalho. Não há um cêntimo que não tenha resultado do meu trabalho ou da minha família. Podem mexer o que quiserem que não vão encontrar, isso é seguro”.
A emoção com a família
Luís Montenegro emociona-se ao falar da família: “A minha mãe foi uma mulher muito trabalhadora, que sacrificou a carreira profissional para educar os três filhos. Talvez a coisa mais bonita que ouvi na vida foi a minha mãe ter-me dito que se sentia recompensada pelo sacrifício que fez, com a dedicação que estava à prestar à sociedade.”
Sobre o panorama atual, e apesar de não levar para casa questões políticas, confessa que tem falado com a mulher e os filhos: “Eles estão com um nível de motivação elevadíssimo, têm-me dado muita força.”