Claudisabel morreu a 19 de Dezembro de 2022na sequência de um acidente de viação. O carro que a cantora conduzia foi abalroado por outro, na A2, perto de Álcacer do Sal. A cantora teve morta imediata.

O condutor do outro veículo foi acusado em maio deste ano pelo Ministério Público de Setúbal dos crimes de homicídio por negligência e condução sob o efeito de álcool. O julgamento começou esta manhã, 7 de novembro, no Tribunal de Grândola. Agora, a mãe da artista recordou o fatídico dia e o que se sucedeu.

"Ela ficou muito maltratada, tanto que não abriram o caixão, não vi a minha filha, não lhe pude dar um beijo, não me pude despedir dela, só abraço a campa todos os dias e pergunto porque é que eu não fui a Castanheira de Pêra", contou Raquel Madeira em transmissão no 'Linha Aberta', da SIC.

Questionada sobre as notícias que de a filha "estaria mal disposta e parada na berma da autoestrada", Raquel negou: "Nada disso é verdade, é óbvio. As pessoas não sabem, mas nós temos um apartamento nas Fontainhas e ela passou à beira do apartamento, passou mesmo à porta de casa e tinha a chave. Se ela achasse que não estava capaz de conduzir para o Algarve, tinha ficado e vinha de manhã. Ela não faria isso e eu aperceber-me-ia porque estava em voz alta com ela", explicou, negando também que a filha estava depressiva.


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Mãe e filha estiveram ao telemóvel durante 45 minutos: "Ela estava a falar comigo normalmente, ouvi a pancada e de repente eu comecei a perguntar o que é que foi, o que aconteceu", contou. "Voltei a ligar e ela não atendeu. Estava a chamar por uma pessoa que já não estava cá porque ele matou-a. Ele bateu-lhe no canto inferior traseiro, assim que lhe bateu, o carro tombou. Ele leva-o na frente dele porque ele não travou (...) Ele não tinha noção, ele não sabia sequer o que é que tinha feito, a taxa de álcool era tão elevada", relembrou. O condutor do outro veículo tinha uma taxa de álcool de 1,95 gramas de álcool no sangue.

"Meti-me no carro e fui para Lisboa sem saber para onde ia e depois quando cheguei ao pé de Messines vi a notícia que ela tinha morrido. Assim que o telefone tocou eu encostei logo, mas o meu marido pensava que eu estava a conduzir e pediu para passar o telefone a uma amiga que ia comigo. Dei a volta ao carro, tirei-lhe o telefone da mão, comecei a gritar e fui andando pela estrada até cair e depois chamaram o INEM", continuou.

Raquel "estava com pasmos" e "com 30% de respiração" antes de ser transportada para o hospital de Portimão. "Queixava-me imenso do meu peito e disseram-me que a caminho do hospital eu apaguei três vezes, deviam-me ter deixado ir, eu devia estar com ela", afirmou, referindo que foi internada na ala psiquiátrica. "Não sei quanto tempo estive lá, eu perdi a noção de tudo. Estava muito medicada."