
Adérito Lopes, ator que foi agredido por um grupo neonazi na noite desta terça-feira, 10 de junho, quebrou o silêncio sobre o ataque de que foi alvo. Tudo aconteceu quando o artista se preparava para representar Luís Vaz de Camões na peça de teatro Amor é um Fogo que Arde Sem se Ver, no Teatro A Barraca, em Lisboa.
Através de um comunicado, Adérito Lopes afirmou ter sido vítima de um "brutal ato de violência totalmente gratuito" e espera que o agressor seja punido pela justiça.
“No passado dia 10, data em que me preparava para exercer o meu ofício – neste caso, representando a figura maior da nossa literatura, Luís Vaz de Camões –, na minha chegada ao teatro, fui absolutamente surpreendido por um cruel e brutal ato de violência, totalmente gratuito, sem que da minha parte tivesse havido qualquer ação em relação à pessoa do agressor ou em relação a qualquer outra pessoa ali presente”, notou citado pela SIC Notícias.
Na mesma nota, Adérito Lopes referiu que “não pretende pronunciar-se publicamente” de forma a “não prejudicar a investigação que a situação justifica”. O artista explicou ainda o que motivou esta decisão. “Não é motivada por medo, mas pelo facto de entender que é à justiça que cabe resolver este assunto e também por não querer transformar este incidente num trampolim publicitário ou numa oportunidade mediática a favor do agressor e/ou de grupo de que alegadamente fará parte”,afirmou.
O ator informou que a sua representação jurídica será feita pelos advogados Ricardo Sá Fernandes e Sandra Aguiar.
Recorde-se que uma fonte próxima, que se encontrava no local no momento das agressões, revelou à SIC que Adérito Lopes foi agredido com um soco no olho, provavelmente com uma soqueira ou com anéis, cerca de uma hora antes do espetáculo.
O alerta foi dado por volta das 20:00 no Largo de Santos. O ator foi levado para o hospital pelos bombeiros. Ficou com rasgões na cara e teve de levar pontos. Saiu do hospital por volta das 2:00.