Foi um ano complicado para Pedro Chagas Freitas que viu o filho Benjamim internado, após ter recebido um transplante de fígado. Em entrevista à ‘VIP’, o autor refletiu sobre o ano vivido e falou sobre os planos para o Natal.
O escritor começou por dizer que depois de um período difícil, irá passar esta quadra em paz: “Estaremos só nós os três, isolados, como temos de estar. Não é uma imposição; é uma escolha, porque este ano aprendemos que a saúde é o maior presente que podemos oferecer uns aos outros. Depois de meses de incerteza e corredores frios, este Natal será o oposto: quente, íntimo, cheio de silêncios que sabem a conforto”, explicou.
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“Tradição é significado”
Para Chagas Freitas, o Natal costuma ser “sinónimo de família”, mas este ano será diferente: “Não haverá multidões, risos a ecoar pela sala, ou aquele caos maravilhoso de cadeiras a mais à mesa. Este ano não abrimos portas para proteger o que temos cá dentro. O que temos é mais do que suficiente”.
Questionado sobre se costuma ter alguma tradição especial, o autor explicou: “As tradições mudam com o tempo, mas há uma que nunca falha: a partilha. Este ano, talvez a única tradição seja erguer um brinde imaginário à saúde e à esperança, ao que vivemos e ao que ainda está por vir. Porque tradição não é repetição; é significado”.
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Em relação aos presentes, o pai de Benjamim foi claro no que não considera ser uma boa prenda de Natal: “Um presente que não traz um sorriso, uma memória, ou sequer um pensamento. Tudo o que é dado apenas para cumprir, sem a intenção de dar. Este ano, tudo o que quero evitar é aquilo que não acrescenta. O Natal não é sobre o que se dá; é sobre o que se vive”.
Para o escritor de sucesso, o presente mais estranho que recebeu “foi perceber que, por vezes, não receber nada é tudo o que precisamos. Não veio numa caixa, não foi anunciado, mas apareceu em forma de tempo. Tempo para refletir, tempo para respirar, tempo para aceitar que nem sempre controlar é o caminho. Foi um presente estranho porque nunca pensei que o vazio pudesse ser tão cheio”.
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“Que nos deixem em paz…”
Por fim, o autor explicou à ‘VIP’ o que espera de 2025: “Desejo uma coisa só: que não haja novidades más. Chega perfeitamente. Que nos deixem em paz a doença e as más pessoas. Que 2025 nos passe pela vida como um hóspede discreto, daqueles que entram, cumprem e saem. Sem alaridos. Não quero surpresas; quero tranquilidade. É tudo o que peço”.