
"Enquanto houver livrarias independentes haverá Palestina" é o lema da campanha que as livrarias associadas da RELI - Associação de Livrarias Independentes, composta por cerca de 60 livrarias em todo o território português, vão lançar a partir de dia 23 nas suas montras e nas redes sociais.
"Temos liberdade, independência e poder para dar a ler ao mundo o que se está a passar em Gaza. Como se acaba com um território, como se extermina um povo. No futuro, vamos ter muita vergonha, pois os livros vão contar a História e nós fizemos parte dela. Queremos (sub)escrever o cessar-fogo em Gaza já, para que Gaza continue a existir", afirma a associação.
Este texto vai acompanhar a fotografia cedida pelo fotógrafo José Manuel Rodrigues (Prémio Pessoa 1999), uma imagem do mar que sugere uma perspetiva de mudança, esperança e futuro, e que geograficamente pode ser identificada com Gaza.
A RELI considera não poder ficar indiferente ao que se está a passar na Faixa de Gaza e decidiu por isso usar o poder e as armas de que dispõe: "as suas montras, os seus livros e a sua independência para poder manifestar-se".
Além do cartaz que as livrarias da RELI, de norte a sul do país, vão afixar nas lojas e publicar nas redes sociais, durante uma semana as suas montras vão ser ocupadas por livros que abordam o tema da Palestina -- seja uma montra cheia ou apenas um livro a encher a montra.
O ministro da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) estimou hoje que entre 10.000 e 20.000 mortes estão por identificar e incluir no número de 53.000 registado no conflito entre Israel e Hamas.
Abu Ramadan disse que aos 53.000 mortos totalmente identificados e aos 20.000 por identificar devem ser acrescentados "milhares de desaparecidos" que não se sabe "se estão sob os escombros ou detidos por Israel".
O ataque sem precedentes a Israel perpetrado pelo movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro de 2023, causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. Foram raptadas 251 pessoas.
A campanha de retaliação israelita causou pelo menos 53.762 mortos em Gaza, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
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