No total das obras estão quatro novos artistas, como é o caso de Diogo Nogueira, que passa a estar representado na coleção com a pintura de grandes dimensões 'Brincar com canoas e afogar cães', indica o sítio da Gulbenkian na Internet, sobre novas aquisições.

"A política de aquisições do CAM dá primazia, por um lado, à incorporação de obras de artistas que se relacionam com o programa artístico, apoiando a produção de novas obras e subsequente aquisição", indica a nota informativa, dando como exemplo a instalação em vídeo 'Bardo Loops', de Gabriel Abrantes, e a escultura que resultou da performance 'Sempre viva, cobra de água', de Jota Mombaça, que decorreu no dia de inauguração do CAM remodelado, em 20 de setembro.

Também passou a fazer parte da coleção do CAM a pintura 'Varina comendo melancia', de 1949, de Júlio Pomar (1926-2018), obra histórica de conteúdo neorrealista, uma das mais marcantes da pintura portuguesa criadas por este artista na década de 40 do século XX, a par de outras como 'O Almoço do Trolha', 'Menina com um Gato Morto' ou 'O Cabouqueiro'.

A exposição inaugural de Leonor Antunes do CAM, que ocupou a galeria principal, também permitiu, segundo a Gulbenkian, a aquisição da instalação suspensa 'Ana #1'' e 'Ana#2', criada a partir de desenhos da artista Ana Hatherly (1929-2015), enquanto a escultura de Rui Chafes 'Tu nem sequer me vês' foi incorporada após a exposição 'Rui Chafes e Alberto Giacometti. Gris, Vide, Cris'.

A equipa do comité de aquisições, constituída por Afonso Dias Ramos, Filipa Oliveira, João Sousa Cardoso, Marta Mestre e Paula Nascimento, aprovou ainda a compra de duas obras de Cecília Costa, três desenhos de José de Almada Negreiros (1893-1970) e a doação de duas pinturas de Fernando Lemos (1926-2019).

Algumas das novas aquisições estão expostas no CAM, como a série de fotografias de Manuel Botelho presente em 'Linha de Maré. Coleção do CAM', e a peça em têxtil da Isabel Carvalho selecionada por Leonor Antunes para a exposição intitulada 'da desigualdade constante dos dias de leonor'.

Outra das prioridades assinaladas pela Gulbenkian é a aquisição de obras de artistas portugueses a viver em Portugal ou a viver em países de língua portuguesa, e, nessa linha, surgem as aquisições de cinco obras do artista angolano Yonamine e de uma instalação da artista brasileira Irene Buarque, que se junta a outras das suas obras já presentes na coleção do CAM, como a pintura 'Tripoli'.

Em 2024, este acervo recebeu ainda obras de Sobral Centeno, Moita Macedo, Alexandre Estrela e José Pedro Croft, bem como de Teresa Magalhães, Ilda David e Graça Morais.

A Coleção de Arte do CAM conta atualmente com quase 12 mil obras de mais de 1.300 artistas, segundo a Fundação Gulbenkian.

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