Os resultados da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,24%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,74% e o alargado S&P500 desvalorizou 0,64%.

Contudo, Christopher Low, da FHN Financial, destacou, em declarações à AFP que, "pela primeira vez desde há muito, a sessão foi muito calma".

"Agora, as ações (...) são vendidas em função das expectativas relativas à conclusão de acordos comerciais importantes", acrescentou.

Foi noticiado que existiam negociações em curso com a União Europeia e o Japão, na sequência da guerra comercial de Trump.

"E até a China começa a evocar a possibilidade (...) de começar pelo menos uma certa forma de negociação", apontou Low.

Mas, até agora, não há qualquer acordo concluído.

"Os índices sofrem para prolongar a subida (...), quando a ansiedade crescente sobre a próxima reunião da Fed coincide com a ausência de avanços quanto a acordos comerciais", realçou, pelo seu lado, José Torres, da Interactive Brokers.

Os investidores aguardam a reunião do FOMC, que começa na terça-feira e se prolonga até quarta, com Trump a repetir apelos para uma baixa da taxa de juro de referência.

"Na sexta-feira, os números sobre o emprego saíram dentro de um intervalo aceitável, depois de boas notícias sobre a inflação", disse Low.

Os investidores já antecipavam que a Fed não iria mexer nas taxas na sua reunião desta semana. "Hoje, fazer nada parece o mais apropriado", apontou.

A opinião maioritária entre os analistas, sintetizada no levantamento da Fedwatch, é a de que a Fed vai manter a sua taxa de juro de referência no intervalo entre 4,25% e 4,50%.

Nos indicadores, a praça bolsista recebeu bem o inquérito da federação profissional ISM, que mostrou que a atividade nos serviços progrediu em abril acima das expectativas.

O índice que mede esta atividade atingiu os 51,6, acima dos 50,8% de março. Os analistas aguardavam 50,4%, segundo os números compilados pela Briefing.com.

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