O decreto original entrou em vigor em 01 de fevereiro de 2023 e expirava cinco meses depois, mas foi prorrogado várias vezes, a última até 30 de junho deste ano, escreve a agência espanhola de notícias, a Efe, apontando que o documento proíbe o fornecimento de petróleo e hidrocarbonetos russos caso os contratos prevejam, direta ou indiretamente, restrições aos preços do petróleo russo impostas pelos países do G7, da União Europeia e da Austrália, devido à guerra na Ucrânia.

A União Europeia (UE) proibiu a compra de petróleo russo fornecido por via marítima em dezembro de 2022, e os países do G7, a Austrália e os 27 impuseram um limite de 60 dólares por barril ao petróleo russo, uma medida que posteriormente foi alargada aos hidrocarbonetos russos.

Putin classificou estas medidas como "um atavismo colonial", embora tenha negado que a Rússia vá perder dinheiro com isso.

"Estão habituados a roubar, mas o mundo mudou e dificilmente conseguirão fazê-lo hoje em dia", afirmou o líder russo, alertando que limitar artificialmente os preços pode "destruir" o mercado energético internacional, porque levaria a uma redução dos investimentos e a um consequente aumento dos preços.

Em resposta às medidas e sanções da UE dos seus parceiros, a Rússia redirecionou os seus fornecimentos de petróleo e hidrocarbonetos para países terceiros, em particular a China e a Índia, aos quais ofereceu preços preferenciais, lembra a Efe.

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