
Portugal está a cooperar com Cabo Verde, ao nível da formação e outras atividades, para um reforço de meios marítimos do país que está agendado para este ano, explicou nesta Quarta-feira o embaixador português no arquipélago.
O navio Guardião da Guarda Costeira de Cabo Verde deverá voltar a estar operacional “nas próximas semanas ou meses” e Portugal “cooperará na parte da formação da tripulação desse navio”, explicou, à margem de uma visita ao navio Sines, da Marinha Portuguesa, que participa num exercício no arquipélago.
Por outro lado, decorre “um programa da União Europeia (UE) que é executado por Portugal e que, em princípio, já em setembro, poderá fornecer mais dois navio de fiscalização rápida”, equiparados a lanchas, descreveu.
O programa de Apoio à Segurança Marítima Integrada da África Ocidental (SWAIMS, sigla inglesa) é um programa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), financiado pela UE, que visa contribuir para a melhoria das condições de segurança marítima no Golfo da Guiné.
Neste contexto, a Guarda Costeira de Cabo Verde irá receber duas embarcações semirrígidas, equipamento forense e contará com tripulações, guarnições e equipas em terra capacitadas e prontas para intervenções no contexto marítimo, com capacidade para conduzirem inspeções e recolha de provas com eficácia e em segurança.
Noutro ângulo, João Queirós, citado pela Lusa, disse ainda haver a expectativa de que, até final do ano, Cabo Verde possa ser “um dos países beneficiários do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz e que estará destinado à aquisição de mais um meio naval” para o país.
“Portugal tem previsto poder apoiar naquilo que Cabo Verde considerar necessário na formação”, indicou, acrescentando que “o importante aqui é garantir a coordenação de todos estes meios”, de vários países envolvidos.