O ING, banco dos Países Baixos, obteve um lucro de 1,46 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano, menos 7,8% do que no mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o resultado líquido subiu 26,1% em relação ao trimestre anterior, informa a instituição em comunicado.

O banco neerlandês não escapou à descida das taxas de juro e viu a sua margem financeira reduzir 5,3% face a março de 2024 para 3,62 mil milhões. Em cadeia, a queda foi de 1,6%. Em sentido inverso, o banco está a conseguir controlar os seus custos, com uma descida de 5,5% em comparação com o trimestre anterior, mas, ainda assim, 5,5% acima do período homólogo.

No que toca a receitas, estas cresceram apenas 1% entre março de 2024 e março de 2025. O rendimento proveniente de comissões subiu 9,6% para 1,09 mil milhões e a receita resultante de investimento subiu de 8 milhões para 27 milhões de euros. O CEO do ING, Steven van Rijswijk, destaca precisamente a capacidade de geração de receita da instituição, que contou com um “forte aumento” da receita de comissões. A par disto, o líder da empresa salienta o apoio dado aos clientes durante “condições de mercado turbulentas”. Segundo van Rijswijk, o banco está encaminhado para cumprir com os seus objetivos delineados para 2027.

O rácio de eficiência do banco piorou para 56,8%, mais 2,5 pontos percentuais (pp) do que no ano passado, mas abaixo dos 61,7% do trimestre terminado em dezembro. Olhando para a rendibilidade da instituição, o ROE foi de 12%, menos 0,8 pp em termos homólogos, mas acima dos 9,4% do trimestre anterior. Já o lucro por ação fixou-se em 47 cêntimos, 1 cêntimo a menos que no ano passado.

No que diz respeito ao capital do banco, o grupo apresentava um rácio CET1 de 13,6% a 31 de março, o mesmo que tinha a 31 de dezembro. Contudo, 1,2 pp abaixo de 2024.

O banco informou ainda que completou o seu programa de recompra de ações anunciado em outubro passado. Esta operação implicou uma recompra de perto de 126 milhões de ações, cujo custo ascendeu a perto de 2 mil milhões de euros. O ING adianta que vai avançar com outro programa de recompra de ações, também de 2 mil milhões de euros, cujo propósito é fazer o rácio CET1 convergir com o objetivo da instituição, explica a mesma em comunicado. Esta recompra, que já foi aprovada pelo Banco Central Europeu, iniciou-se a 2 de maio e deve terminar, no máximo, a 27 de outubro.

Recorde-se que, em 2024, o ING reportou um resultado líquido de 6,4 mil milhões de euros, o que representou uma queda de 12% face a 2023.