
O mercado global de obrigações verdes, sociais e sustentáveis (GSS, na sigla em inglês) registou uma correção de 13% no primeiro semestre de 2025, para 495 mil milhões de dólares (428,85 mil milhões de euros), em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com um relatório elaborado pela Allfunds e MainStreet Partners.
No entanto, segundo o relatório divulgado nesta terça-feira e ao qual a EuropaPress teve acesso, o segundo trimestre do ano mostra uma recuperação gradual em comparação com o início do ano.
O relatório também mostra que os títulos verdes continuaram a ser a maior categoria no primeiro semestre de 2025, apesar de um declínio de 19% nos ativos, atingindo 245, 18 mil milhões de euros. Já os títulos sociais contrariam 4,7% para 70, 175 mil milhões de euros. Os títulos sustentáveis perderam 3,67% do seu peso, atingindo 113 mil milhões de euros, segundo o relatório.
Apesar do declínio global, a Allfunds e MainStreet Partners destaca o caso do Reino Undo, onde se registou um aumento de 10% na emissão de títulos verdes, com 64% desses títulos a serem emitidos por instituições financeiras, quase o dobro da média global.
Contudo, observam os analistas, os emissores de títulos verdes, sociais e sustentáveis demonstram melhores níveis de alinhamento com a Taxonomia Europeia em comparação com o restante mercado. Nomeadamente, 43% correspondem aos critérios de elegibilidade e 15% estão alinhados com os objetivos definidos pela União Europeia, em comparação com 31% e 9%, respetivamente, para instrumentos não-GSS.
“Estes dados destacam o papel crescente de bancos e seguradoras no financiamento de iniciativas sustentáveis”, sublinha o relatório.