
Carlos Abreu Amorim afirmou, após entregar o programa do Governo à vice-presidente do parlamento, a social democrata Teresa Morais, não ser "a primeira vez que o Governo fica numa ilustre solidão nas previsões económicas e depois vem a ter razão, isso aconteceu o ano passado", assinalou aos jornalistas.
O ministro dos Assuntos Parlamentares, argumenta: “Estamos convictos, neste momento em que estou a falar, que os números que foram apresentados e foram sublinhados também pelo ministro de Estado e das Finanças são aqueles que correspondem à realidade”.
Carlos Abreu Amorim admitiu alterações em virtude dos conflitos que estão a decorrer no mundo, incluindo a recente escalada entre Israel e o Irão, e salientou que um dos pontos da agenda transformadora do Governo "é o reforço do robustecimento do investimento na Defesa".
"Isso foi feito de acordo com os nossos compromissos internacionais e ainda antes dos últimos desenvolvimentos de conflito internacional, acerca do qual, como é evidente, estamos muito preocupados. Pedimos, já foi feito pelo ministro de Estado e dos Estados Estrangeiros, um esforço de contenção a todas as partes", afirmou o ministro.
No Orçamento do Estado para 2025, o Governo tinha apontado para um crescimento do PIB de 2,1%, mas reviu em alta essa projeção no Relatório Anual de Progresso, entregue a Bruxelas, para 2,4%.
As instituições têm divulgado previsões mais pessimistas, como o Banco de Portugal, que reviu em forte baixa a estimativa do crescimento da economia portuguesa este ano, de 2,3% para 1,6%.