A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Maria Lucas, apelou à flexibilização dos mecanismos de preparação e apresentação de projectos de negócios e ao desembolso de fundos chineses em África.

“Para que [a iniciativa] seja viável e bem-sucedida nos nossos países, e em Moçambique, em particular, há desafios que devem ser devidamente abordados, incluindo a flexibilidade dos mecanismos de preparação e apresentação de projectos, bem como de desembolso de fundos”, disse Maria Lucas.

A ministra falava durante a conferência ministerial de coordenação para a implementação dos resultados do IV Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), na cidade chinesa de Changsha, saudou e elogiou a iniciativa “promissora”, mas avançou alguns desafios a serem ultrapassados para a sua implementação efectiva nos países africanos.

Entretanto, a governante reiterou a importância “crucial” da capacitação dos funcionários dos países africanos, através de assistência técnica, sobre a preparação de projetos de acordo com os critérios e normas exigidos pelas instituições chinesas: “acreditamos que isto ajudaria, tornando os processos mais rápidos e mais eficazes”.

Segundo a ministra, a parceria com a china produziu para África e Moçambique, particularmente, “resultados significativos”, incluindo a afirmação do Fórum Àfrica-China e o avanço da iniciativa de cooperação “Cinturão e Rota”, bem como o Fórum de Macau.

Na abertura da cimeira do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), em Pequim, o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, citado pela Lusa, prometeu ainda que o país irá investir pelo menos 8,9 mil milhões de euros no bloco africano.

Xi disse que o país está “pronto para aprofundar a cooperação” com o continente no domínio económico. As relações entre a China e África vivem o “melhor período da história”.