
O stock da dívida contraída directamente pelo Sector Empresarial do Estado (SEE) de Moçambique recuou 3,75% no primeiro trimestre, ascendendo em março a 36.940 milhões de meticais (508 milhões de euros), segundo dados do Ministério das Finanças.
“Este desempenho resulta, essencialmente, do cumprimento do serviço da dívida, bem como do pagamento da dívida externa da extinta EMEM [Empresa Moçambicana de Exploração Mineira, já dissolvida]”, lê-se no relatório sobre a evolução da dívida pública no primeiro trimestre.
Acrescenta que a redução do stock da dívida do SEE “é explicada, entre outros fatores, pela contração do stock da dívida externa em 1.478,91 milhões de meticais [20,3 milhões de euros], influenciada, em grande medida, pela diminuição observada ao nível das empresas EMEM, Petromoc e BNI”.
Em termos nominais, a dívida externa do SEE recuou em quase 1.439 milhões de meticais (19,8 milhões de euros) nos primeiros três meses de 2025.
Globalmente, o stock da dívida do SEE contraída internamente aumentou 0,19% entre Janeiro e Março, enquanto a contraída externamente recuou 8,29% no mesmo período.
Apesar deste recuo, só a exposição fiscal das duas empresas públicas moçambicanas do ramo da aviação ascende a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a previsão do Governo na proposta orçamental para este ano, que sinaliza a preocupação com a situação.
“As empresas do SEE, têm enfrentado desafios financeiros, com destaque para a ADM e Linhas LAM refletindo incumprimentos nas suas obrigações financeiras”, alerta o documento de suporte ao Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) 2025, citado pela Lusa.